___________________________________________
TRANSFIGURAÇÃO
Esta chuva que continuamente cai
E continuamente cerra o horizonte,
Que fecha e oculta o que ora talvez amasse
- O que poderia amar perdidamente,
O que poderia ver e humanamente amar!...
Esta chuva que continuamente cai,
Quanta doçura nela encontro,
Quantos iluminados gestos sem saber porquê!
Quanto mistério, cor, descanso e aroma,
Quanta presença discretamente serena
Frente à limpidez de paisagem que se admira,
Frente à mulher que em nosso peito prepara uma límpida festa
E nos convida a amar com os olhos rasos de água!
(Ruy Cinatti, 1958)
Morreu François Ascher
Há 15 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário