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Nostalgia de uma infância em outros mares
Este texto é absolutamente fantástico. Realismo ou não. Ficção ou não. A verdade é que para quem tenha uma vivência africana (nomeadamente angolana) como é o caso do JVC, sabe bem, independentemente da história do Sebastião de S. Miguel, da existência daquelas figuras nas urbes de Angola. JVC levou-me à minha infância e adolescência numa cidade angolana. Fez-me recordar e revisitar os clássicos da literatura angolana. Muitos deles porventura esquecidos nos turbilhões da História. Este instantâneo recordou-me particularmente os Contos e Instantâneos de Óscar Ribas, escritor angolano, certamente do conhecimento do João Vasconcelos Costa. Partilho muito deste sentimento do JVC em relação ao povo angolano: velhos sábios amargurados pelas pancadas da vida e da injustiça dos poderes dos homens, ou ingénuas crianças com olhos límpidos carregados de futuro, são seres reais que compõem o quadro social da História de Angola e como tal, também da História da cultura portuguesa. Bem haja JVC por esta dádiva.
Morreu François Ascher
Há 15 anos
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