sexta-feira, julho 14, 2006

Jornalismo de intervenção ( 2 )

Não vi a entrevista do PM a Maria João Avilez na SIC-N, mas olhei para lá quatro vezes. Da primeira vez dizia MJA: "Agora vamos falar da segurança social". Da segunda vez o PM estava a "ensaboar" completamente a entrevistadora com o domínio da matéria e a supremacia e fundamento teórico e empírico das suas teses, enquanto MJA dizia: "Desculpe mas temos de mudar de tema, agora não vamos encalhar aqui na segurança social". Da terceira vez, MJA desafiava: "Agora vamos à educação, quero ouvi-lo sobre a educação...". Da quarta vez estava o PM a deitar por terra todos os argumentos contra a sua política no sector e a evidenciar as suas mais que justas ideias e medidas na matéria e MJA a dizer: "Temos que sair da educação, agora não vamos ficar aqui o tempo todo a falar só da educação". Se a amostragem é representativa, não se tratou propriamente de uma entrevista mas sim de um conjunto de perguntas com possibilidade de resposta limitada. O único trunfo de uma má entrevista (concordo com o LNT), parece ser a possibilidade de mandar calar o entrevistado.

Coisas que me tiram o sono

"Paula Teixeira da Cruz venceu as eleições para a liderança da distrital de Lisboa do PSD, com 2.432 votos, contra os 2.182 da lista de Carlos Carreiras."

A relevância desta notícia, destacada no Bloguítica, para a minha vida, vai fazer com que não durma nos próximos dias. Mas, já agora, sempre gostava de saber quem é, exactamente, o Carlos Carreiras?

Classe trabalhadora

PSL voltou ao trabalho. Não seria motivo de notícia se não fosse PSL a voltar ao trabalho. Dentro de pouco mais de uma semana vai para as habituais férias algarvias, entenda-se.

quinta-feira, julho 06, 2006

Chez les grecs

Dedicado ao jogo dos franceses fora de campo.

Campeonatos

Do campeonato, o que acho é que o PM devia chamar, ouvir e fazer ouvir o empresário Henrique Neto. Deu, no outro dia, uma entrevista à SIC-N em que disse tudo o que é preciso fazer para ganharmos o campeonato. O mais importante campeonato, aquele que de facto nos poderá fazer ganhar alguma coisa a todos nós e não só a meia dúzia de artistas.

sábado, julho 01, 2006

Retratos da preguiça ilusória
















O meu caro colega Paulo Pedroso dizia-me ontem que eu ando muito preguiçoso. Referia-se à minha ausência prolongada da blogosfera. A verdade é que, embora preferisse estar a preguiçar como este primo do Varandas, o motivo da minha ausência não é a preguiça mas o seu arqui-inimigo, o trabalho. Ainda que os retratos do trabalho sejam elegia de outras paragens, neste fórum a preguiça é apenas ilusória e mera elucubração intelectual.

Uns brincalhões, estes jornalistas

Circula por aí o boato que entre a batalha onde levámos de vencida a laranja mecânica e os actos heróicos do estoico Ricardo, face aos castigos máximos impostos pelos súbditos de sua magestade, houve uma remodelação no governo. Que Freitas do Amaral já não é ministro e tal. Uns brincalhões, estes jornalistas. Quem é que vai acreditar nisso com o país nas nuvens das meias-finais do campeonato do mundo?

Do maravilhoso mundo da bola






















Então lá vamos ter de defrontar a selecção do Padre Melícias nas meias-finais. Não é?

Ai Timor

Já não percebo nada disto. Um dia era o primeiro-ministro acusado de ter distribuído armas aos civis, no dia seguinte já era o presidente da república. Algum deles quer derrubar algum regime militarista, totalitário e ditatorial, no poder sem sufrágio universal?

A galáxia internet

Ainda estou para perceber como é que duas pessoas que não se conhecem, nem nunca se encontraram, se zangam. Creio que isso só é possível com a maravilha das novas tecnologias de informação e comunicação, como a internet.

Demasiado ruído na fibra óptica

Tenho para comigo que na comunicação via internet cerca de dois terços do tempo é consumido a esclarecer equívocos, enquanto apenas um terço é utilizado a comunicar, de facto.