segunda-feira, abril 12, 2004

___________________________________________

E o que vale isto quando comparado com a oportunidade imperdível de colocar diariamente ainda mais automóveis dentro da cidade de Lisboa?



"O ano de 1731 marca o início da construção do Aqueduto de Lisboa, sistema de captação, transporte e distribuição de água para abastecimento da cidade. Obra hidráulica da responsabilidade técnica de Manuel da Maia e Carlos Mardel, foi custeada em grande parte pelo real d'água, taxa paga pelo povo de Lisboa sobre os géneros de primeira necessidade. Daqui resulta o peso indestrutível de um património que se fez à custa de dificuldades e carências da população que, certamente já teria muitas. A sua grandeza monumental traduz-se nos seguintes números: o aqueduto principal com 18,5 km atravessa os 940m do vale da Ribeira de Alcântara com 35 arcos sendo um deles o maior arco em pedra do mundo. Tem uma rede de captação de 30km de condutas e abastece uma rede de distribuição de 12km. Completado por edifícios que abrigam as Mães de água, reservatórios e chafarizes, forma um conjunto de alto valor patrimonial pela arquitectura e a qualidade da construção, mas igualmente por ser o único sistema em «água livre» com esta dimensão e ainda por ter chegado praticamente intacto até nós, o que fundamenta e exige a sua conservação".


[O texto acima citado foi extraído do abaixo-assinado a favor da conservação deste ex-libris da cidade de Lisboa e contra a demolição de qualquer dos seus elementos ou troços]

Sem comentários: