sexta-feira, julho 08, 2005

O filme?

O filme não vale um cêntimo dos cinco euros do bilhete. Sequência fílmica sem conseguir o efeito de crescendo de intensidade dramática que um filme destes exigiria. Sem verosimilhança alguma, necessária também, et pour cause, num filme de ficção científica que de resto, disso mesmo, tem muito pouco. O pormenor da máquina de filmar caída no chão a funcionar, quando todos os circuitos electrónicos de carros, telefones, rádios, etc., tinham avariado, parece uma falha básica. Avariada também esteve, neste filme, a qualidade de representação dos actores. Mesmo Tom Cruise já fez melhor. E a participação secundária de Tim Robbins é insuficiente para apagar as más representações de actores secundários e figurantes. O filme em si não merece nem mais uma linha. O que merece mais duas linhas é a minha preocupação com o significado da risota de uma parte substancial da plateia em cenas sem qualquer motivo de humor, intencional ou involuntário da parte do realizador. Só o arroto das pipocas e o ruído do sugar o fundo do copo do refrigerante justificarão aquelas risotas. Democratizou-se apenas a acessibilidade material. Não se democratizou o essencial.

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