Defendi aqui a distinção entre a sua experiência e competência políticas face a uma competência (dizem) estritamente técnica do seu colega das finanças. Quando se chegou à frente na questão do sentido em manter o sufrágio à constituição europeia, julguei a coisa combinada com o chefe de governo, assim como quem diz digo eu que ele não pode fazê-lo. Mas será possível que também agora terá sido ele incumbido da auto-critica como catalizador, meio tortuoso, da desculpabilização do governo e do partido que o suporta? Demasiado tortuoso para ser verdade. Então quer isto dizer um subir para o banco das presidenciais? Mas como, se esta situação configura uma marcação de distância face ao seu principal (e único viável?) apoio partidário? Tortuoso seria, de facto, o desespero do PS em fazer eleger o seu candidato presidencial que o obrigaria à simulação de uma absoluta independência que o tornaria elegível, reforçando a sua legitimidade para a cohabitação com o governo em exercício que, por sua vez, saíria ganhador porque apoiaria um independente, demonstrando desprendimento partidário face ao orgão de soberania em questão. Demasiado tortuoso para ser verdade? Talvez...
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