quinta-feira, julho 28, 2005

Contributos para um dicionário

Vital Moreira enumera dez casos de má pronunciação das palavras em "lisboetês". Mas podia enumerar mil, sendo os erros sempre dois. Os alfacinhas pronunciam como "ch" a junção de dois "esses" ou do "s" com o "c". Por isso aqui deixo dois contributos diferenciados para o "dicionário da pronúncia lisboeta". Estes frequentemente usados, entre outros, pelo professor que examina em palestra dominical, entre muitas coisas, também o mau uso da língua nacional, inclusive por parte de ministros. Trata-se do "chô tôr" em lugar do "senhor doutor".

5 comentários:

CMC disse...

"'tá bem!"
O "lisboetês" difunde-se, com a força dos canais de televisão.
Praticamente toda a emissão é feita a partir de Lisboa e arredores (Queluz e Carnaxide).
Virgem, na língua, só mesmo o Monte, em Gaia.
Nem damos conta destes factos... tal não é a nossa embriaguez olisiponense.

Anónimo disse...

já o disse no insurgente, repito-o aqui [contributo ao "A superioridade moral dos blogs com comentários"]: se a pronúncia fosse popular (alfacinha), se fosse alentejana, madeirense ou transmontana, os bem-pensantes não se preocupariam em denunciá-la, seria "o direito à diferença" pós-moderno ou os "cantos e falares do Povo" moderno.

E se fosse alfacinha? Adorariam...

fala-se mal na tv? sim. Mas não é disso que se trata

(há uns meses o Prof VM criticava a pronúncia "bem" de membros do governo anterior - repito, se fosse pronúncia "popular" ...)

agora vou ali falar um bocado, na minha conspuracada pronúncia, lisboeta com laivos de branco de maputo (será que tenho a dignidade para falar aí?)

Anónimo disse...

conspuracada não é defeito de sotaque ... foi mesmo gralha

Sérgio Martins disse...

Apoiado! Porra! (isto é do norte, carago!)

Nothingandall disse...

Fôda-se. Já estou preocupado com tantos artigos (sim recuso-me a escrever "posts") sobre um neologismo que agora vejo com frequência inusitada na internet - o chamado "lisboetês" -. Falem em português, caralho! E ponham mas é esses meninos ( meninas) da élite burguesa (que andam em colégios internacionais a aprender a deturpar a pronúncia) na escola primária do bairro, a falar em condições com todos os erres e esses. Mas a culpa é desta cambada de políticos que só se preocupam em mudar as administrações das empresas públicas sempre que muda o ministro, em vez de fazer alguma coisa pela língua portuguesa e pela educação. No entanto, como temos uma "democracia" e o Governo é do povo, no fundo o mal é deste que não sabe pronunciar ...