O voto do PCP contra a limitação de mandatos nas autarquias não admira. Para o PCP o governo - todos os governos - são maus e deveriam cair ao fim de três meses. Porque desse poder o PCP está arredado e sabe que tão cedo dele não participará. Inversamente, nos municípios onde o seu poder existe há vinte e até há mais anos, vive-se no "melhor dos mundos". Uma espécie de céu na terra. Um oásis no deserto. Apenas imperfeito naquilo que extravasa as competências autárquicas. Trata-se de uma postura coerente com o totalitarismo autoritário que marca os seus ideais. Acresce que essa continuidade do PCP à frente dessas autarquias se fica a dever, em boa parte dos casos, à personalidade que preside à autarquia. Caso existam limitações de mandatos para presidente da autarquia, é muito discutível que o partido mantenha o poder nesses municípios. A isto pode chamar-se, com propriedade, o caciquismo comunista.
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