quinta-feira, julho 01, 2004

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Uma mistura de Gabriel Alves e Zandinga

Há uns anos atrás, num congresso do PSD em que derrotou Pedro Santana Lopes, Durão Barroso dizia que Santana era mais ou menos isto (cito de cor): "Uma mistura de Gabriel Alves e de Zandinga". Com todo o respeito para o comentador de futebol, e para o já falecido para-psicólogo da bola, que não se pretendeu ofender, não seriam as pessoas mais indicadas para assumir cargos de Estado ao mais alto nível, reconhecerão. Nada mais devastador, portanto, para se dizer a alguém que aspirava a Presidente do Município da capital, a Primeiro-Ministro, a Presidente da República e até, talvez, a Secretário-Geral da ONU. Quem sabe?

Ora, a pergunta é simples. De repente, no último congresso, PSL calou-se. Agora é o herdeiro daquele que o descredibilizava de forma peremptória e definitiva. Agora é o seu provável substituto como Primeiro-Ministro de Portugal. PSL deixou, de repente, de ser aquilo que Durão Barroso lhe chamou? Isto é, alguém pouco credível para assumir responsabilidades de Estado? Ou Barroso não se importa de entregar essas responsabilidades de Estado, como seja o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal, a alguém que é "uma mistura de Gabriel Alves e Zandinga"?

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