quinta-feira, julho 22, 2004

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Pouco pão e muito circo (3)

Afinal Teresa Caeiro foi cooptada para Secretária de Estado das Artes e Espectáculos, segundo Paulo Portas, pela forma "brilhante como exerceu o cargo de Governadora Civil de Lisboa, onde fez um trabalho notável com as colectividades". Em primeiro lugar, como bem observa Celso Martins, em reposta a um blog papagaio de Portas, trata-se de uma contradição nos termos. Ou se é brilhante, ou se é Governador Civil. Em segundo lugar, ficamos a saber que para este governo as artes e espectáculos (outrora uma direcção-geral) são as colectividades. E o circo senhores? E o circo?

Mas, consta que o verdadeiro critério da escolha de Teresa Caeiro reside, de facto, em razões de ordem familiar. Para este, como para qualquer cargo. Tanto faz. Antes era por ser "filha e neta de militares", agora é por estar ligada a algém do mundo do showbizz. Dizem tratar-se de alguém cujo objectivo é "concretizar sonhos, lançar novas estrelas no firmamento, criar momentos verdadeiramente mágicos". Afinal sempre temos circo. Senhoras e cavalheiros, meninos e meninas, respeitável público, é entrar, é entrar, que a função vai começar!

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