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Ai Portugal Portugal...
Afinal, segundo Sampaio, não parece haver mesmo mais vida para além do orçamento. Referiu vezes sem conta que o governo teria de preservar o equilíbrio orçamental. Em tom que se queria paternalista, como ele tanto gostaria de ter sido, embora lhe falte punho, e também estatura para tal. Do lado dos supostos por ele dirigidos, e por ele fiscalizados, via-se Portas ao qual só faltava a célebre pastilha elástica. Mostrou bem que queria mostrar não estar para prestar contas a quem perdeu a face. Mas depois vêm os sinais de como isto está tudo colado com cuspo. Portas não sabia que era empossado como Ministro, também, dos "assuntos do mar". O "grande tribuno" a ler texto por outrém redigido, perdia-se, tentava encurtar e aquilo não colava. Pois é. De improviso sempre se pode inventar umas "bocas", uns recados, como é próprio da politiquice a que está mais habituado. Agora ter de falar do que se tem de fazer é muito mais difícil. Lá enfatizar o chavão da "cultura de acção" é fácil. Articular um discurso sobre a acção é mais difícil. Enfim, pobre país o nosso, a quem foi entregue!
Morreu François Ascher
Há 15 anos
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