domingo, outubro 23, 2005

O não argumento

Já uma vez aqui protestei contra o argumento anti-cavaquista baseado na expressão "o professor de boliqueime", pelo que essa expressão tem de implícito racismo social e sobranceria pequeno burguesa urbana pretensamente (mas só pretensamente) cosmopolita. Não é por argumentos que não o chegam a ser que espero ver contraditada a candidatura de Cavaco e muito estranho que gente que se reclama da esquerda democrática e republicana enverede por esses caminhos. Acresce que o uso de tal estilo na análise e comentário político, do ponto de vista estritamente táctico, é um estrondoso tiro no próprio pé. Da parte do sector político onde me situo exigo outra postura e em particular da candidatura que apoio aguardo argumentos com outro patamar de qualidade.

Declaração de desinteresse: nasci e vivi toda a vida em cidades. Há cerca de trinta anos que resido na cidade de Lisboa.

1 comentário:

Luís Novaes Tito disse...

Caro WR
E o que dizer de Carvalho e Mello a que chamaram de Marquês de... Pombal, ou do Visconde de ... Idanha ou todos os outros títulos?
Tem graça que já na tropa era costume tratar os nossos Camaradas pelo Viseu, Castelo-Branco, Fafe, etc.
Coisas de pequeno-burgueses-urbanos-pertensamente ou outras questões como rebatizar Poço de Boloqueime para Fonte de Boliqueime, numa espécie de ascenção ao tempo do poder.
Chamar a isto racismo social deve ser brincadeira. (Já reparou que isto só se aplica a uma pessoa?)