quinta-feira, setembro 15, 2005

Ensino: as razões do insucesso

Vale a pena ler este texto de Paulo Pedroso a propósito do relatório da OCDE sobre insucesso escolar. As coexistências são mais complexas e difíceis de gerir do que as segregações. Ao nível residencial como ao nível escolar. Mas não tenho dúvidas que só as coexistências pensadas, seriamente trabalhadas, isto é, planeadas e estudadas, são frutíferas em matéria de coesão social. Ao invés das segregações ou getizações, continuadamente perpetradas na prática de quem urbaniza como de quem gere o sistema escolar. No que concerne em particular ao ensino, os frutos da coexistência não residem apenas ao nível das taxas de sucesso escolar dos alunos "mais dificeis", como da promoção social dos alunos provenientes de meios menos providos dos capitais, ou recursos, que fazem normalmente a diferença entre o sucesso e o insucesso escolar.

2 comentários:

Emilia Miranda disse...

Olá Walter!
Obrigada pela chamada de atenção para este artigo. Li-o atentamente e, sendo professora de português do 2.º ciclo do Ensino Básico, gostava de, caso a conclusão aqui tirada seja verdadeira: "Sabia que... nós ensinamos muito pior os maus alunos que os outros países da OCDE?", poder responder que não é verdade.
Um abraço,
Emília.

Miguel Pinto disse...

O texto destaca a indiferença hipócrita do sistema educativo pelos alunos que não vestem o fato do aluno-tipo. A farsa continuará com o próximo PNAEPAE (Plano Nacional de Prevenção do Abandono Escolar).