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UM SÓCRATES NA MACHAMBA*
É um malandro este companheiro JPT. Utilizando a sua fina maiêutica socrática pega no facto de eu ter incluído Timor na lusofonia e dá-me com Macau como dúvida. Será aquele território asiático parte integrante da lusofonia, ou já está do lado de lá de onde vem agora o perigo económico amarelo? Relembro que em Timor já quase não se falava português, mas que se rezava em português. Mas relembro ainda que, como o JPT sabe tão bem quanto eu, em terras da África lusófona é historicamente recente o uso do português, como língua principal, mesmo entre os urbanos quanto mais por aqueles matos dentro. Mas não foi a língua lusa factor da união (possível) entre os povos da cada um daqueles países? Ora veja-se o que se passa por terras da Guiné, onde tal desiderato não encontrou eco suficiente na realidade quotidiana do povo. Em Macau permanecem vestígios da lusofonia, todos o sabemos. Mas permanecem também em todo o rasto que Portugal foi deixando pelos quatro cantos do globo. Potenciá-los em favor dos povos que partilham um tal atributo de identidade seria obrigação cívica de todos nós, os luso falantes. Estarei errado?
Post-scriptum: O JPT foi castigado pela sua maiêutica com um apagão na sua Machamba. Logo que a blank page passe efectuaremos as ligações correctas.
(*) Falo do filósofo grego, não te ofendas JPT...
Morreu François Ascher
Há 15 anos
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