segunda-feira, março 28, 2005

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SINAL DO TEMPO (2)

Cai, moderada mas persistentemente, uma chuva que amolece o país. Das notícias não sobram senão os pequenos grandes dramas do nosso infra-desenvolvimento social e político. Polícias que habitam apartamentos em esquadras e morrem vítimas de explosão de pólvora apreendida. Operários que ficam mortos debaixo de gruas. Jovens e menos jovens que conduzem mal e depressa para a morte. Golfinhos que não tiveram tempo de concluir que o homem de que tanto parecem gostar, não merece a sua dedicação. E o virús parente do Ébola que insiste em não viajar para Portugal. Não tarda esgotam-se as notícias. Se ao menos os ministros, como outrora, dessem conferências de imprensa de hora a hora.

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