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O GLORIOSO MUNDO DA BOLA

Alguns dir-me-ão que isto são tiques e manias dos intelectuais, mas a verdade é que eu gostaria que as personagens do glorioso mundo da bola não fossem tão vácuas e desprovidas do que entendo ser inteligência como, na sua grande maioria, são. Quase sempre, as capacidades para saber o que fazer com os pés num campo de futebol estão na razão inversa das capacidades para saber o que fazer com a cabeça. Quero dizer, o cérebro, já que a cabeça também serve para marcar golos. Acresce que, não raras vezes, os comentários desprovidos de capacidades intelectuais provêm daqueles que mais alto chegaram em matéria de sucessos futebolísticos. Foi o caso dos comentários de Mourinho sobre as "causas humanitárias", a que de repente resolveu dizer que se vai dedicar após a sua carreira no mundo do futebol. Ou os comentários de Scolari, a propósito do incidente com um jacto particular em que se viu envolvido Rui Costa, no dia em que celebrou trinta e três anos de idade.