THE LOOK OF LOVE
(...)
Em
, para comemorar UM ANO na Blogosfera.
Morreu François Ascher
Há 15 anos
quinta-feira, março 31, 2005
_________________________________________________________________
O GLORIOSO MUNDO DA BOLA
Alguns dir-me-ão que isto são tiques e manias dos intelectuais, mas a verdade é que eu gostaria que as personagens do glorioso mundo da bola não fossem tão vácuas e desprovidas do que entendo ser inteligência como, na sua grande maioria, são. Quase sempre, as capacidades para saber o que fazer com os pés num campo de futebol estão na razão inversa das capacidades para saber o que fazer com a cabeça. Quero dizer, o cérebro, já que a cabeça também serve para marcar golos. Acresce que, não raras vezes, os comentários desprovidos de capacidades intelectuais provêm daqueles que mais alto chegaram em matéria de sucessos futebolísticos. Foi o caso dos comentários de Mourinho sobre as "causas humanitárias", a que de repente resolveu dizer que se vai dedicar após a sua carreira no mundo do futebol. Ou os comentários de Scolari, a propósito do incidente com um jacto particular em que se viu envolvido Rui Costa, no dia em que celebrou trinta e três anos de idade.
O GLORIOSO MUNDO DA BOLA
Alguns dir-me-ão que isto são tiques e manias dos intelectuais, mas a verdade é que eu gostaria que as personagens do glorioso mundo da bola não fossem tão vácuas e desprovidas do que entendo ser inteligência como, na sua grande maioria, são. Quase sempre, as capacidades para saber o que fazer com os pés num campo de futebol estão na razão inversa das capacidades para saber o que fazer com a cabeça. Quero dizer, o cérebro, já que a cabeça também serve para marcar golos. Acresce que, não raras vezes, os comentários desprovidos de capacidades intelectuais provêm daqueles que mais alto chegaram em matéria de sucessos futebolísticos. Foi o caso dos comentários de Mourinho sobre as "causas humanitárias", a que de repente resolveu dizer que se vai dedicar após a sua carreira no mundo do futebol. Ou os comentários de Scolari, a propósito do incidente com um jacto particular em que se viu envolvido Rui Costa, no dia em que celebrou trinta e três anos de idade.
_________________________________________________________________
UM ANO DE FORUM COMUNITÁRIO
Foi em 31 de Março de 2004 que inserimos o primeiro post no FC. Este belo poema, na versão de Herberto Helder. A todos os que nos têm lido, "linkado" e comentado, bem hajam.
IMPLORANDO O SOPRO
Implorando o sopro do ser divino
O sopro que dá a vida,
O sopro de muita idade,
O sopro das águas,
O sopro das sementes,
O sopro da fecundidade,
O sopro da abundância,
O sopro do poder,
O sopro da força,
O sopro de todas as espécies de sopro,
Pedindo o seu sopro,
inspirando o seu sopro no calor do meu corpo,
Incorporo o seu sopro
para que vivas luminosamente
América do Norte, Zunhis
Versão: Herberto Helder
In ROSA DO MUNDO, Assírio & Alvim, 2001
UM ANO DE FORUM COMUNITÁRIO
Foi em 31 de Março de 2004 que inserimos o primeiro post no FC. Este belo poema, na versão de Herberto Helder. A todos os que nos têm lido, "linkado" e comentado, bem hajam.
IMPLORANDO O SOPRO
Implorando o sopro do ser divino
O sopro que dá a vida,
O sopro de muita idade,
O sopro das águas,
O sopro das sementes,
O sopro da fecundidade,
O sopro da abundância,
O sopro do poder,
O sopro da força,
O sopro de todas as espécies de sopro,
Pedindo o seu sopro,
inspirando o seu sopro no calor do meu corpo,
Incorporo o seu sopro
para que vivas luminosamente
América do Norte, Zunhis
Versão: Herberto Helder
In ROSA DO MUNDO, Assírio & Alvim, 2001
quarta-feira, março 30, 2005
_________________________________________________________________
SEM DÚVIDA CRIATIVO
Embasbaco perante tamanha criatividade.
SEM DÚVIDA CRIATIVO
Embasbaco perante tamanha criatividade.
_________________________________________________________________
O ERRO DE TOQUEVILLE
Como pode um liberal afirmar que o Blogger é gratuito e por isso não podemos reclamar? Então não é sabido que nada é grátis? Que tudo tem um custo, embora possa não ser suportado directamente por nós? Então os serviços do Blogger não são suportados financeiramente por alguém? Então não se vê que quem suporta financeiramente o serviço fica prejudicado com o seu mau funcionamento? Então os serviços públicos "gratuitos" não são suportados pelos impostos de todos nós e por isso mesmo temos direito a reclamar quando não são prestados convenientemente, como consumidores e cidadãos contribuintes? Há liberalismos que escapam à minha capacidade de entendimento.
O ERRO DE TOQUEVILLE
Como pode um liberal afirmar que o Blogger é gratuito e por isso não podemos reclamar? Então não é sabido que nada é grátis? Que tudo tem um custo, embora possa não ser suportado directamente por nós? Então os serviços do Blogger não são suportados financeiramente por alguém? Então não se vê que quem suporta financeiramente o serviço fica prejudicado com o seu mau funcionamento? Então os serviços públicos "gratuitos" não são suportados pelos impostos de todos nós e por isso mesmo temos direito a reclamar quando não são prestados convenientemente, como consumidores e cidadãos contribuintes? Há liberalismos que escapam à minha capacidade de entendimento.
_________________________________________________________________
NÃO É SÓ FUMAÇA
É mesmo um dos melhores blogs nacionais e está a comemorar dois anos de existência. Parabéns ao João Carvalho Fernandes e continuação de bons posts, charutos e outros prazeres.
NÃO É SÓ FUMAÇA
É mesmo um dos melhores blogs nacionais e está a comemorar dois anos de existência. Parabéns ao João Carvalho Fernandes e continuação de bons posts, charutos e outros prazeres.
_________________________________________________________________
RESPONSABILIDADE CÍVICA LIMITADA (2)
Como podemos levar a sério piedosas declarações de liberalismo de blogs
assim?
RESPONSABILIDADE CÍVICA LIMITADA (2)
Como podemos levar a sério piedosas declarações de liberalismo de blogs
assim?
_________________________________________________________________
RESPONSABILIDADE CÍVICA LIMITADA
Uma empresa que se pretende ambientalmente responsável, procura resolver o problema de um protesto ambientalista contra a alegada importação de madeiras exóticas da amazónia, de extracção e comercialização proibidas, distribuindo umas murraças e uns sopapos a jornalistas e ambientalistas. Tudo isto perante a passividade dos agentes da GNR presentes no local. Algo que nos recorda o comportamento de Avelino Ferreira Torres e da GNR do Marco de Canavezes. Isto é o país real, onde a democracia tarda em chegar após trinta anos da sua institucionalização. O Portugal profundo, onde as críticas se resolvem ao sopapo, onde as actividades sindicais ainda são olhadas como subversivas, onde as autoridades agem complacentemente perante os detentores locais do poder político ou económico. Como podemos levar a sério piedosas declarações de responsabilidade ambiental e social de empresas assim?
RESPONSABILIDADE CÍVICA LIMITADA
Uma empresa que se pretende ambientalmente responsável, procura resolver o problema de um protesto ambientalista contra a alegada importação de madeiras exóticas da amazónia, de extracção e comercialização proibidas, distribuindo umas murraças e uns sopapos a jornalistas e ambientalistas. Tudo isto perante a passividade dos agentes da GNR presentes no local. Algo que nos recorda o comportamento de Avelino Ferreira Torres e da GNR do Marco de Canavezes. Isto é o país real, onde a democracia tarda em chegar após trinta anos da sua institucionalização. O Portugal profundo, onde as críticas se resolvem ao sopapo, onde as actividades sindicais ainda são olhadas como subversivas, onde as autoridades agem complacentemente perante os detentores locais do poder político ou económico. Como podemos levar a sério piedosas declarações de responsabilidade ambiental e social de empresas assim?
terça-feira, março 29, 2005
_________________________________________________________________
ALMOÇO SOBRE A ERVA
(Edouard Manet, 1832-1883)
(***)
DEBAIXO DO AZUL SOBRE O VULCÃO
(...)
E eu vi tudo até à dor.
Vi o amor e a dança do amor.
Frente a frente, a paixão e a morte combatiam sem
tréguas. O sangue procurava, obsessivamente, os becos
da noite como uma ribeira quente e devoradora.
Caíam os amigos, cantando. Só quem ama pode
acabar assim, cheio de um riso louco.
(José Agostinho Baptista)
ALMOÇO SOBRE A ERVA
(Edouard Manet, 1832-1883)
(***)
DEBAIXO DO AZUL SOBRE O VULCÃO
(...)
E eu vi tudo até à dor.
Vi o amor e a dança do amor.
Frente a frente, a paixão e a morte combatiam sem
tréguas. O sangue procurava, obsessivamente, os becos
da noite como uma ribeira quente e devoradora.
Caíam os amigos, cantando. Só quem ama pode
acabar assim, cheio de um riso louco.
(José Agostinho Baptista)
segunda-feira, março 28, 2005
_________________________________________________________________
SINAL DO TEMPO (2)
Cai, moderada mas persistentemente, uma chuva que amolece o país. Das notícias não sobram senão os pequenos grandes dramas do nosso infra-desenvolvimento social e político. Polícias que habitam apartamentos em esquadras e morrem vítimas de explosão de pólvora apreendida. Operários que ficam mortos debaixo de gruas. Jovens e menos jovens que conduzem mal e depressa para a morte. Golfinhos que não tiveram tempo de concluir que o homem de que tanto parecem gostar, não merece a sua dedicação. E o virús parente do Ébola que insiste em não viajar para Portugal. Não tarda esgotam-se as notícias. Se ao menos os ministros, como outrora, dessem conferências de imprensa de hora a hora.
SINAL DO TEMPO (2)
Cai, moderada mas persistentemente, uma chuva que amolece o país. Das notícias não sobram senão os pequenos grandes dramas do nosso infra-desenvolvimento social e político. Polícias que habitam apartamentos em esquadras e morrem vítimas de explosão de pólvora apreendida. Operários que ficam mortos debaixo de gruas. Jovens e menos jovens que conduzem mal e depressa para a morte. Golfinhos que não tiveram tempo de concluir que o homem de que tanto parecem gostar, não merece a sua dedicação. E o virús parente do Ébola que insiste em não viajar para Portugal. Não tarda esgotam-se as notícias. Se ao menos os ministros, como outrora, dessem conferências de imprensa de hora a hora.
domingo, março 27, 2005
_________________________________________________________________
À PROCURA DE POLE POSITIONS
António Borges apresenta uma moção de estratégia ao congresso do seu partido abrindo caminho para outras corridas. António Guterres concorre para comissário da ONU para os refugiados, o que lhe confere uma visibilidade necessária de uma bancada fora para uma pista dentro. António Vitorino reabastece nas boxes do parlamento. Manuel Maria Carrilho ultrapassa na recta da meta Eduardo Ferro Rodrigues na corrida para uma Câmara estufa para os verdadeiros grandes prémios.
À PROCURA DE POLE POSITIONS
António Borges apresenta uma moção de estratégia ao congresso do seu partido abrindo caminho para outras corridas. António Guterres concorre para comissário da ONU para os refugiados, o que lhe confere uma visibilidade necessária de uma bancada fora para uma pista dentro. António Vitorino reabastece nas boxes do parlamento. Manuel Maria Carrilho ultrapassa na recta da meta Eduardo Ferro Rodrigues na corrida para uma Câmara estufa para os verdadeiros grandes prémios.
sábado, março 26, 2005
_________________________________________________________________
FORA DO MUNDO
É onde leio alguns dos melhores posts da blogosfera. São escritos por Pedro Mexia. Pela possibilidade de os ler há um ano e pelo desejo de os continuar a ler por mais alguns, obrigado Pedro Mexia.
FORA DO MUNDO
É onde leio alguns dos melhores posts da blogosfera. São escritos por Pedro Mexia. Pela possibilidade de os ler há um ano e pelo desejo de os continuar a ler por mais alguns, obrigado Pedro Mexia.
sexta-feira, março 25, 2005
_________________________________________________________________
O MAR
(Edouard Manet, 1832-1883)
(***)
Ondas que descansam no seu gesto nupcial
abrem-se caem
amorosamente sobre os próprios lábios
e a areia
ancas verdes violetas na violência viva
rumor do ilimite na gravidez da água
sussurros gritos minerais inércia magnífica
volúpia de agonia movimentos de amor
morte em cada onda sublevação inaugural
abre-se o corpo que ama na consciência nua
e o corpo é o instante nunca mais e sempre
ó seios e nuvens que na areia se despenham
ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosas
ó silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
ó eternidade do mar ensimesmado unânime
em amor e desamor de anónimos amplexos
múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes
ó mar ó presença ondulada do infinito
ó retorno incessante da paixão frigidíssima
ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente
ó catedral profunda que desmoronando-se permanece!
(António Ramos Rosa)
O MAR
(Edouard Manet, 1832-1883)
(***)
Ondas que descansam no seu gesto nupcial
abrem-se caem
amorosamente sobre os próprios lábios
e a areia
ancas verdes violetas na violência viva
rumor do ilimite na gravidez da água
sussurros gritos minerais inércia magnífica
volúpia de agonia movimentos de amor
morte em cada onda sublevação inaugural
abre-se o corpo que ama na consciência nua
e o corpo é o instante nunca mais e sempre
ó seios e nuvens que na areia se despenham
ó vento anterior ao vento ó cabeças espumosas
ó silêncio sobre o estrépito de amorosas explosões
ó eternidade do mar ensimesmado unânime
em amor e desamor de anónimos amplexos
múltiplo e uno nas suas baixelas cintilantes
ó mar ó presença ondulada do infinito
ó retorno incessante da paixão frigidíssima
ó violenta indolência sempre longínqua sempre ausente
ó catedral profunda que desmoronando-se permanece!
(António Ramos Rosa)
quinta-feira, março 24, 2005
_________________________________________________________________
IMPERDÍVEL
Este post que encontrei via A Destreza das Dúvidas.
IMPERDÍVEL
Este post que encontrei via A Destreza das Dúvidas.
quarta-feira, março 23, 2005
_________________________________________________________________
RELATIVIZAR A BLOGOSFERA
Estão por fazer os estudos sobre estes novos media que alguns já designaram como self media, por contraponto à ideia de mass media. A natureza volátil e aparentemente bastante mais self making, user friendly e também assaz mais efémera dos media como os sites e os blogs é o que importa estudar, mais do que os tradicionais estudos quantitativos, como os que já existem sobre a blogosfera. Vem isto a propósito do fim do País Relativo, um dos blogs de referência da blogosfera nacional. Mas, se antentarmos bem na blogos nacional, facilmente nos apercebemos o quão difícil é manter um blog, com as exigências que ele tem, além do primeiro ano da sua existência. Mesmo os blogs colectivos e de maior audiência como é o caso do Barnabé evidenciaram já algum cansaço da parte dos seus autores iniciais, que na sua maioria foram postando cada vez menos, tendo tido a necessidade de renovar o "plantel". Outros há que vão ameaçando desistir, mas sempre resistem, voltando após as vagas de fundo dos seus leitores. É dificil manter um "blog nosso de cada dia", para usar a expressão de José Magalhães, que não conseguiu levar a bom porto o seu projecto dos blogs do parlamento. É também por tudo isto que um blog individual como o Abrupto, há tanto tempo online, com uma impressionante regularidade, não deixa de ser um fenómeno na blogosfera nacional. Também é certo que bloggers como Pacheco Pereira ou mesmo Vital Moreira, recolhem dividendos da possibilidade de criar vasos comunicantes entre as suas participações nos mass media e aquela que têm aqui neste self media. Razão acrescida para crermos que o advento destes novos media não dispensa, mas antes pressupõe, a importância reconfigurada dos media tradicionais (de massas), adaptando-os embora às novas exigências advindas destes novos media e das suas potencialidades, entre as quais uma maior democraticidade de usos, uma maior flexibilidade de utilizações e uma maior potencialidade de personalização, não serão variáveis de somenos importância. Os estudos mais sérios da internet e dos novos media em geral, permitir-nos-ão relativizar o deslumbramento tão em voga com as novas tecnologias de informação e comunicação e recolocá-las no seu devido lugar. São ferramentas cada vez mais fundamentais, mas que apenas devem ser vistas como isso mesmo. Ferramentas de comunicação e não panaceia para todos os problemas económicos, sociais ou culturais que caracterizam os tempos que correm. De igual modo, ficará cada vez mais claro que as crescentes possibilidades de personalização da utilização destes novos media não dispensam o continuado crescimento e requalificação dos media tradicionais. Mas inversamente, que será na existência de pluralidade e diversidade de meios e de interactividade crescente entre esses meios, de massas ou mais personalizados, que residirão os modelos dominantes de comunicação mediática dos tempos vindouros.
RELATIVIZAR A BLOGOSFERA
Estão por fazer os estudos sobre estes novos media que alguns já designaram como self media, por contraponto à ideia de mass media. A natureza volátil e aparentemente bastante mais self making, user friendly e também assaz mais efémera dos media como os sites e os blogs é o que importa estudar, mais do que os tradicionais estudos quantitativos, como os que já existem sobre a blogosfera. Vem isto a propósito do fim do País Relativo, um dos blogs de referência da blogosfera nacional. Mas, se antentarmos bem na blogos nacional, facilmente nos apercebemos o quão difícil é manter um blog, com as exigências que ele tem, além do primeiro ano da sua existência. Mesmo os blogs colectivos e de maior audiência como é o caso do Barnabé evidenciaram já algum cansaço da parte dos seus autores iniciais, que na sua maioria foram postando cada vez menos, tendo tido a necessidade de renovar o "plantel". Outros há que vão ameaçando desistir, mas sempre resistem, voltando após as vagas de fundo dos seus leitores. É dificil manter um "blog nosso de cada dia", para usar a expressão de José Magalhães, que não conseguiu levar a bom porto o seu projecto dos blogs do parlamento. É também por tudo isto que um blog individual como o Abrupto, há tanto tempo online, com uma impressionante regularidade, não deixa de ser um fenómeno na blogosfera nacional. Também é certo que bloggers como Pacheco Pereira ou mesmo Vital Moreira, recolhem dividendos da possibilidade de criar vasos comunicantes entre as suas participações nos mass media e aquela que têm aqui neste self media. Razão acrescida para crermos que o advento destes novos media não dispensa, mas antes pressupõe, a importância reconfigurada dos media tradicionais (de massas), adaptando-os embora às novas exigências advindas destes novos media e das suas potencialidades, entre as quais uma maior democraticidade de usos, uma maior flexibilidade de utilizações e uma maior potencialidade de personalização, não serão variáveis de somenos importância. Os estudos mais sérios da internet e dos novos media em geral, permitir-nos-ão relativizar o deslumbramento tão em voga com as novas tecnologias de informação e comunicação e recolocá-las no seu devido lugar. São ferramentas cada vez mais fundamentais, mas que apenas devem ser vistas como isso mesmo. Ferramentas de comunicação e não panaceia para todos os problemas económicos, sociais ou culturais que caracterizam os tempos que correm. De igual modo, ficará cada vez mais claro que as crescentes possibilidades de personalização da utilização destes novos media não dispensam o continuado crescimento e requalificação dos media tradicionais. Mas inversamente, que será na existência de pluralidade e diversidade de meios e de interactividade crescente entre esses meios, de massas ou mais personalizados, que residirão os modelos dominantes de comunicação mediática dos tempos vindouros.
terça-feira, março 22, 2005
_________________________________________________________________
ÁGUAS DE MARÇO
(...)
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É um resto de mato na luz da manhã
(Tom Jobim, com essa claridade de água que é a voz de Elis Regina)
(***)
No dia 31 de Março de 2004 este Forum foi criado. Apenas no mês de Abril havia de se iniciar em permanência. Mas vamos comemorar 1 ano desta experiência a 31 de Março. Uma boa altura para começar de novo, como aliás já vinha sendo nosso desejo. O tempo escasseia. Outros projectos mais urgentes se interpõem entre nós e o Forum Comunitário. Há que fazer opções. Os balanços estão feitos. As águas de Março obrigar-nos-ão a uma presença mais comedida na blogosfera. Os posts serão mais curtos e irregulares, mas abandonar este barco não faz parte dos nossos projectos. Apenas conferir-lhe a exacta medida do seu relevo na nossa vida quotidiana. Uma questão de gestão do tempo.
Boas leituras!
ÁGUAS DE MARÇO
(...)
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É um resto de mato na luz da manhã
(Tom Jobim, com essa claridade de água que é a voz de Elis Regina)
(***)
No dia 31 de Março de 2004 este Forum foi criado. Apenas no mês de Abril havia de se iniciar em permanência. Mas vamos comemorar 1 ano desta experiência a 31 de Março. Uma boa altura para começar de novo, como aliás já vinha sendo nosso desejo. O tempo escasseia. Outros projectos mais urgentes se interpõem entre nós e o Forum Comunitário. Há que fazer opções. Os balanços estão feitos. As águas de Março obrigar-nos-ão a uma presença mais comedida na blogosfera. Os posts serão mais curtos e irregulares, mas abandonar este barco não faz parte dos nossos projectos. Apenas conferir-lhe a exacta medida do seu relevo na nossa vida quotidiana. Uma questão de gestão do tempo.
Boas leituras!
_________________________________________________________________
O CANTINHO DO HOOLIGAN ™
Este FCP está irreconhecível. Nem a este Sporting consegue ganhar. E depois a culpa é dos árbitros que passam cartão a uma simples cotovelada pelas costas dentro, como se isso não fosse próprio do futebol, perdão, da luta livre. Pois...
O CANTINHO DO HOOLIGAN ™
Este FCP está irreconhecível. Nem a este Sporting consegue ganhar. E depois a culpa é dos árbitros que passam cartão a uma simples cotovelada pelas costas dentro, como se isso não fosse próprio do futebol, perdão, da luta livre. Pois...
_________________________________________________________________
LIÇÕES DO EXERCÍCIO PARLAMENTAR DA GOVERNAÇÃO
As melhores competências técnicas especializadas, não dispensam boas skills políticas para um melhor exercício de um cargo político, como é o de ministro, qualquer que seja a pasta. O ideal é a conjugação de um saber técnico especializado aprofundado com uma experiência política acumulada de alguns anos. Isso ficou ontem claramente demonstrado na defesa do programa de governo no parlamento.
LIÇÕES DO EXERCÍCIO PARLAMENTAR DA GOVERNAÇÃO
As melhores competências técnicas especializadas, não dispensam boas skills políticas para um melhor exercício de um cargo político, como é o de ministro, qualquer que seja a pasta. O ideal é a conjugação de um saber técnico especializado aprofundado com uma experiência política acumulada de alguns anos. Isso ficou ontem claramente demonstrado na defesa do programa de governo no parlamento.
_________________________________________________________________
FALTA DE SENTIDO DO ESTADO
Sempre achei um descaramento insuportável os autarcas que culpabilizam o Estado pelo que acontece de mau nos seus concelhos. Como se as autarquias não fossem Estado e como se não fossem eles os primeiros responsáveis, por exemplo, em matéria de licenciamento de bares de aspecto manhoso, para os quais basta olhar para adivinhar que não cumprem uma única regra básica de segurança, quanto mais serem locais onde a cidadania é a preocupação omnipresente. São os mesmos que colocam no panfleto da obra feita tudo o que sejam equipamentos, rede viária, serviços, que resultam de investimentos desse mesmo Estado, de que se excluem nos maus momentos...
FALTA DE SENTIDO DO ESTADO
Sempre achei um descaramento insuportável os autarcas que culpabilizam o Estado pelo que acontece de mau nos seus concelhos. Como se as autarquias não fossem Estado e como se não fossem eles os primeiros responsáveis, por exemplo, em matéria de licenciamento de bares de aspecto manhoso, para os quais basta olhar para adivinhar que não cumprem uma única regra básica de segurança, quanto mais serem locais onde a cidadania é a preocupação omnipresente. São os mesmos que colocam no panfleto da obra feita tudo o que sejam equipamentos, rede viária, serviços, que resultam de investimentos desse mesmo Estado, de que se excluem nos maus momentos...
segunda-feira, março 21, 2005
_________________________________________________________________
O MEDO DE NÃO EXISTIR
O medo é a mais radical das sensações - é o meu meio de expressão preferido(Alejandro Amenábar - Realizador Chileno)
O medo multiplica por dez as nossas forças físicas e psíquicas (Isabelle Filliozat)
O medo acrescentou-lhe asas aos pés (Virgílio, sec. I AC)
Filosofar não é mais do que uma outra forma de ter medo (Louis-Ferdinand Céline, 1894-1961)
O MEDO DE NÃO EXISTIR
O medo é a mais radical das sensações - é o meu meio de expressão preferido(Alejandro Amenábar - Realizador Chileno)
O medo multiplica por dez as nossas forças físicas e psíquicas (Isabelle Filliozat)
O medo acrescentou-lhe asas aos pés (Virgílio, sec. I AC)
Filosofar não é mais do que uma outra forma de ter medo (Louis-Ferdinand Céline, 1894-1961)
sexta-feira, março 18, 2005
_________________________________________________________________
WILD WORLD
(...)
(Oh baby baby it's a wild world...)
Now that I've lost everything to you,
you say you want to start something new,
and it's breaking my heart you're leaving,
baby I'm grieving.
But if you wanna leave take good care,
hope you have a lot of nice things to wear,
but then a lot of nice things turn bad out there.
Oh baby baby it's a wild world,
it's hard to get by just upon a smile.
Oh baby baby it's a wild world.
I'll always remember you like a child, girl.
You know I've seen a lot of what the world can do,
and it's breaking my heart in two,
cause I never want to see you sad girl,
don't be a bad girl,
but if you want to leave take good care,
hope you make a lot of nice friends out there,
but just remember there's a lot of bad and beware,
beware,
Cat Stevens
Bom fim-de-semana!
WILD WORLD
(...)
(Oh baby baby it's a wild world...)
Now that I've lost everything to you,
you say you want to start something new,
and it's breaking my heart you're leaving,
baby I'm grieving.
But if you wanna leave take good care,
hope you have a lot of nice things to wear,
but then a lot of nice things turn bad out there.
Oh baby baby it's a wild world,
it's hard to get by just upon a smile.
Oh baby baby it's a wild world.
I'll always remember you like a child, girl.
You know I've seen a lot of what the world can do,
and it's breaking my heart in two,
cause I never want to see you sad girl,
don't be a bad girl,
but if you want to leave take good care,
hope you make a lot of nice friends out there,
but just remember there's a lot of bad and beware,
beware,
Cat Stevens
Bom fim-de-semana!
quinta-feira, março 17, 2005
_________________________________________________________________
FIRST WE TAKE MANHATTAN
They sentenced me to twenty years of boredom
For trying to change the system from within
I'm coming now I'm coming to reward them
First we take Manhattan, then we take Berlin
I'm guided by a signal in the heavens
I'm guided by this birthmark on my skin
I'm guided by the beauty of our weapons
First we take Manhattan, then we take Berlin
I'd really like to live beside you, baby
I love your body and your spirit and your clothes
But you see that line there moving through the station?
I told you I told you I told you I was one of those
You loved me as a loser but now you're worried that I just might win
You know the way to stop me but you don't have the discipline
How many nights I prayed for this: to let my work begin
First we take Manhattan, then we take Berlin
I don't like your fashion business, mister
And I don't like these drugs that keep you thin
I don't like what happened to your sister
First we take Manhattan, then we take Berlin
And thank you for those items that you sent me
The monkey and the plywood violin
I practiced every night and now I'm ready
First we take Manhattan, then we take Berlin
Remember me, I used to live for music
Remember me, I brought your groceries in
It's Father's Day and everybody's wounded
First we take Manhattan, then we take Berlin
Leonard Cohen
FIRST WE TAKE MANHATTAN
They sentenced me to twenty years of boredom
For trying to change the system from within
I'm coming now I'm coming to reward them
First we take Manhattan, then we take Berlin
I'm guided by a signal in the heavens
I'm guided by this birthmark on my skin
I'm guided by the beauty of our weapons
First we take Manhattan, then we take Berlin
I'd really like to live beside you, baby
I love your body and your spirit and your clothes
But you see that line there moving through the station?
I told you I told you I told you I was one of those
You loved me as a loser but now you're worried that I just might win
You know the way to stop me but you don't have the discipline
How many nights I prayed for this: to let my work begin
First we take Manhattan, then we take Berlin
I don't like your fashion business, mister
And I don't like these drugs that keep you thin
I don't like what happened to your sister
First we take Manhattan, then we take Berlin
And thank you for those items that you sent me
The monkey and the plywood violin
I practiced every night and now I'm ready
First we take Manhattan, then we take Berlin
Remember me, I used to live for music
Remember me, I brought your groceries in
It's Father's Day and everybody's wounded
First we take Manhattan, then we take Berlin
Leonard Cohen
quarta-feira, março 16, 2005
_________________________________________________________________
A CONSTRUÇÃO MEDIÁTICA DA REALIDADE
Eduardo Prado Coelho não parece ter uma verdadeira visão astronómica do universo dos nossos dias. Julgo que José Gil tem, claramente, essa visão astronómica sendo, portanto, um melhor candidato a astronauta. Mais declaro nunca ter colocado os olhos em qualquer trabalho de ambos sobre a matéria, nem saber se alguma vez qualquer um dos dois se debruçou sobre tal tema, mas presumo que assim seja.
A CONSTRUÇÃO MEDIÁTICA DA REALIDADE
Eduardo Prado Coelho não parece ter uma verdadeira visão astronómica do universo dos nossos dias. Julgo que José Gil tem, claramente, essa visão astronómica sendo, portanto, um melhor candidato a astronauta. Mais declaro nunca ter colocado os olhos em qualquer trabalho de ambos sobre a matéria, nem saber se alguma vez qualquer um dos dois se debruçou sobre tal tema, mas presumo que assim seja.
_________________________________________________________________
DISCOS PEDIDOS
(...)
Serve uma demozita?
DISCOS PEDIDOS
(...)
Serve uma demozita?
terça-feira, março 15, 2005
_________________________________________________________________
QUESTÕES DE ESTÉTICA
Quem me topa é o João Tunes. Afinidades cinéfilas são afinidades plásticas em geral, é o que é. Sei que o João Tunes viu os filmes exibidos por um cine-clube da capital, com um olho no ecrã e outro na porta por onde podiam entrar "espectadores" indesejáveis, na busca do que por ali se exibia. Já com os dois olhos na tela também eu fui espectador compulsivo dessa filmografia toda. Nesses tempos ainda a minha cervical me permitia olhar sem esforço para o muro branco das projecções dessa pura estética fílmica. Mas até as minhas maleitas o João Tunes descobre. É verdade, já sofro um pouco da cervical, agora. Mas não é que a dita, maugrado o tempo histórico, teima em manter-se direitinha como um fuso? Manias que nos ficam das experiências vividas no passado. Como aqueles murais ideológicos que algumas pintoras por aí andaram a pincelar e teimam em pretendê-los actuais, como se não fosse implacável a caliça do tempo.
QUESTÕES DE ESTÉTICA
Quem me topa é o João Tunes. Afinidades cinéfilas são afinidades plásticas em geral, é o que é. Sei que o João Tunes viu os filmes exibidos por um cine-clube da capital, com um olho no ecrã e outro na porta por onde podiam entrar "espectadores" indesejáveis, na busca do que por ali se exibia. Já com os dois olhos na tela também eu fui espectador compulsivo dessa filmografia toda. Nesses tempos ainda a minha cervical me permitia olhar sem esforço para o muro branco das projecções dessa pura estética fílmica. Mas até as minhas maleitas o João Tunes descobre. É verdade, já sofro um pouco da cervical, agora. Mas não é que a dita, maugrado o tempo histórico, teima em manter-se direitinha como um fuso? Manias que nos ficam das experiências vividas no passado. Como aqueles murais ideológicos que algumas pintoras por aí andaram a pincelar e teimam em pretendê-los actuais, como se não fosse implacável a caliça do tempo.
_________________________________________________________________
PESCA À LINHA
Jorge Sampaio questionou hoje o que temos feito dos fundos comunitários para que o número de pobres permaneça inalterável há tantos anos. A resposta parece estar aqui. Nem sequer temos competência para utilizar a totalidade desses fundos. É simples. Deveríamos ter começado por investir na criação de competências para saber diagnosticar os problemas, planear a acção e gerir a mudança para o desenvolvimento. Inversamente, começámos por gastar na acção não planeada, sem diagnósticos técnica e cientificamente fundados, nem competências de gestão, tendo como fim o desenvolvimento. Pescámos à linha, sem cana nem técnicas de pesca. Temos algum peixe mas muito menos do que poderíamos ter, se tivessemos aprendido a usar uma cana de pesca. E não soubemos criar as condições para poder vir um dia a pescar bem e autonomamente.
PESCA À LINHA
Jorge Sampaio questionou hoje o que temos feito dos fundos comunitários para que o número de pobres permaneça inalterável há tantos anos. A resposta parece estar aqui. Nem sequer temos competência para utilizar a totalidade desses fundos. É simples. Deveríamos ter começado por investir na criação de competências para saber diagnosticar os problemas, planear a acção e gerir a mudança para o desenvolvimento. Inversamente, começámos por gastar na acção não planeada, sem diagnósticos técnica e cientificamente fundados, nem competências de gestão, tendo como fim o desenvolvimento. Pescámos à linha, sem cana nem técnicas de pesca. Temos algum peixe mas muito menos do que poderíamos ter, se tivessemos aprendido a usar uma cana de pesca. E não soubemos criar as condições para poder vir um dia a pescar bem e autonomamente.
_________________________________________________________________
LIBERALISMO CONDICIONAL
Estranha exigência de liberalismo esta que se aplica ao Estado mas não às corporações, como a que sustentam alguns liberais, agora revoltados com a anunciada medida de liberalização da venda de determinados medicamentos.
LIBERALISMO CONDICIONAL
Estranha exigência de liberalismo esta que se aplica ao Estado mas não às corporações, como a que sustentam alguns liberais, agora revoltados com a anunciada medida de liberalização da venda de determinados medicamentos.
_________________________________________________________________
LI E RECOMENDO
Começam os estudos sobre o fenómeno blogosfera em Portugal. Este é da UBI, da autoria de João Canavilhas, e vale a pena ser lido.
LI E RECOMENDO
Começam os estudos sobre o fenómeno blogosfera em Portugal. Este é da UBI, da autoria de João Canavilhas, e vale a pena ser lido.
_________________________________________________________________
PRIMEIRO AS MULHERES, AGORA AS DIVERSAS "RAÇAS" E A SEGUIR?
Depois da reivindicação de quotas para as mulheres só faltava, pois claro, a peregrina ideia racista, da reivindicação de quotas para as diversas "raças". Rui Pena Pires responde na justa medida ao que uma tal asserção merece, no Público de ontem. Subscrevo inteiramente. Tive conhecimento deste texto de RPP através do Barnabé que embarca no discurso racial racista de Fernando Ká (final da página).
PRIMEIRO AS MULHERES, AGORA AS DIVERSAS "RAÇAS" E A SEGUIR?
Depois da reivindicação de quotas para as mulheres só faltava, pois claro, a peregrina ideia racista, da reivindicação de quotas para as diversas "raças". Rui Pena Pires responde na justa medida ao que uma tal asserção merece, no Público de ontem. Subscrevo inteiramente. Tive conhecimento deste texto de RPP através do Barnabé que embarca no discurso racial racista de Fernando Ká (final da página).
segunda-feira, março 14, 2005
_________________________________________________________________
MULHER SOCIALISTA
A imagem que de imediato me ocorre ao ler a expressão por aí, é a daquela mulher dos murais revolucionários de outros tempos. Musculada, punho erguido num dos braços e empunhando uma foice no outro. Uma estética neo-realista que teve o seu tempo na história.
MULHER SOCIALISTA
A imagem que de imediato me ocorre ao ler a expressão por aí, é a daquela mulher dos murais revolucionários de outros tempos. Musculada, punho erguido num dos braços e empunhando uma foice no outro. Uma estética neo-realista que teve o seu tempo na história.
_________________________________________________________________
O ESPÍRITO DO COSTUME
Do governo não podemos dizer que é de competência duvidosa. Dele não podemos dizer que é composto "pelos do costume". Não podemos dizer, como alguns ansiavam, que voltou a "tralha guterrista". Também não podemos dizer, como se disse de Sócrates, que como candidato do aparelho, nas eleições internas, iria pagar em lugares governamentais os apoios que conseguiu internamente nesse aparelho. Que chatice! O que havemos de dizer da composição do governo? Já sei! Que não tem mulheres em número suficiente e que as que tem não ocupam lugares de relevo, e por aí fora. Finalmente, embora com dificuldade, encontrámos alguma coisa para dizer mal da composição do governo.
O ESPÍRITO DO COSTUME
Do governo não podemos dizer que é de competência duvidosa. Dele não podemos dizer que é composto "pelos do costume". Não podemos dizer, como alguns ansiavam, que voltou a "tralha guterrista". Também não podemos dizer, como se disse de Sócrates, que como candidato do aparelho, nas eleições internas, iria pagar em lugares governamentais os apoios que conseguiu internamente nesse aparelho. Que chatice! O que havemos de dizer da composição do governo? Já sei! Que não tem mulheres em número suficiente e que as que tem não ocupam lugares de relevo, e por aí fora. Finalmente, embora com dificuldade, encontrámos alguma coisa para dizer mal da composição do governo.
_________________________________________________________________
VERY BRITISH MAS UM POUCO DE SARDINHA ASSADA
Se há coisa que exprime bem a falta de sentido cívico que grassa por aqui é a circulação de carrinhos de hipermercado pelas ruas e passeios da cidade. Pois o senhor presidente da república, homem que volta não volta nos quer dar lições de civismo e cidadania, achou muita graça à circulação de carrinhos de hipermercado na mini maratona sobre a ponte, em que participou ontem.
VERY BRITISH MAS UM POUCO DE SARDINHA ASSADA
Se há coisa que exprime bem a falta de sentido cívico que grassa por aqui é a circulação de carrinhos de hipermercado pelas ruas e passeios da cidade. Pois o senhor presidente da república, homem que volta não volta nos quer dar lições de civismo e cidadania, achou muita graça à circulação de carrinhos de hipermercado na mini maratona sobre a ponte, em que participou ontem.
_________________________________________________________________
COISAS QUE SE APRENDEM NA ACADEMIA E TAMBÉM NA BLOGOSFERA
Se queres ser notado (também serve para citado), num universo onde todos é o que procuram, quando os outros falarem contigo assobia para o ar e fala sozinho. Mas fala muito. Tanto que provoque um ruído tal de modo a que só a tua voz se oiça, abafando desse modo a voz dos outros. Como plano bê, inscreve-te num grupo e citem-se uns aos outros. Vais ver que crias uma progressão geométrica de notações a teu respeito.
COISAS QUE SE APRENDEM NA ACADEMIA E TAMBÉM NA BLOGOSFERA
Se queres ser notado (também serve para citado), num universo onde todos é o que procuram, quando os outros falarem contigo assobia para o ar e fala sozinho. Mas fala muito. Tanto que provoque um ruído tal de modo a que só a tua voz se oiça, abafando desse modo a voz dos outros. Como plano bê, inscreve-te num grupo e citem-se uns aos outros. Vais ver que crias uma progressão geométrica de notações a teu respeito.
domingo, março 13, 2005
sábado, março 12, 2005
_________________________________________________________________
A QUOTA DA COMPETÊNCIA
As mulheres e os não-lisboetas têm tanto direito a integrar o governo como os homens e os lisboetas, não devido a essa qualidade, mas sim devido à competência de que sejam portadores. Julgo que a única "quota" que Sócrates quis garantir foi a da competência e fez bem. As assimetrias sociais e territoriais não se solucionam mediante quotas de representação no elenco governativo, mas sim por políticas competentes e orientadas pelo valor da justiça social, independentemente das pertenças regionais ou de género de quem as protagoniza.
A QUOTA DA COMPETÊNCIA
As mulheres e os não-lisboetas têm tanto direito a integrar o governo como os homens e os lisboetas, não devido a essa qualidade, mas sim devido à competência de que sejam portadores. Julgo que a única "quota" que Sócrates quis garantir foi a da competência e fez bem. As assimetrias sociais e territoriais não se solucionam mediante quotas de representação no elenco governativo, mas sim por políticas competentes e orientadas pelo valor da justiça social, independentemente das pertenças regionais ou de género de quem as protagoniza.
_________________________________________________________________
O CANTINHO DO HOOLIGAN ™
O Que é Nacional é Bom.
O CANTINHO DO HOOLIGAN ™
O Que é Nacional é Bom.
sexta-feira, março 11, 2005
_________________________________________________________________
OS PORTUGUESES SÃO INVEJOSOS
Foi o que escreveu o filósofo José Gil. Como todos sabemos. Só não sabíamos ainda porquê. Agora já o sabemos: "Só 5% dos portugueses são viciados em sexo". Os outros 95% invejam aqueles 5%. Já me tinha parecido.
OS PORTUGUESES SÃO INVEJOSOS
Foi o que escreveu o filósofo José Gil. Como todos sabemos. Só não sabíamos ainda porquê. Agora já o sabemos: "Só 5% dos portugueses são viciados em sexo". Os outros 95% invejam aqueles 5%. Já me tinha parecido.
_________________________________________________________________
OS IMPOSTOS E OS CONSELHOS DE BELMIRO
Eu no lugar do Eng. Belmiro também não quereria que o governo subisse os impostos. Num contexto de crise, mas com baixa de impostos, a Sonae foi das empresas portuguesas que maiores volumes de dividendos obteve.
Eu no lugar do ministro das Finanças (este ou qualquer outro) diria ao Eng. Belmiro que quando quisesse os seus conselhos pedia-lhos.
OS IMPOSTOS E OS CONSELHOS DE BELMIRO
Eu no lugar do Eng. Belmiro também não quereria que o governo subisse os impostos. Num contexto de crise, mas com baixa de impostos, a Sonae foi das empresas portuguesas que maiores volumes de dividendos obteve.
Eu no lugar do ministro das Finanças (este ou qualquer outro) diria ao Eng. Belmiro que quando quisesse os seus conselhos pedia-lhos.
_________________________________________________________________
TODOS SOMOS EX MAS UNS SÃO MAIS EX DO QUE OUTROS
Tem razão o Jumento. Por que razão alguns nomes são frequentemente prefixados com um ex-comunista, eternizando-se alguns nessa prefixação? É o caso agora de Mário Lino. É o caso de Vital Moreira e até de José Magalhães, há tantos anos filiado no PS. Raramente vemos tal referência a Zita Seabra. Nunca ex-maoísta a Durão Barroso. Nunca ex-OCMLP (Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa) a Pacheco Pereira. Ou ex-PSD a Paulo Portas. Para não falar de Adriano Moreira, que foi ministro de Salazar. Que ex lhe caberia?
mas também há...
EX POR VOCAÇÃO
Há pessoas que ambicionam ser presidentes. Seja do que for. Há outras, porém, cuja ambição é serem ex-presidentes. É o caso de PSL. Depois de ser conhecido como ex-presidente do Sporting, esforçou-se por ser conhecido como ex-presidente da Câmara da Figueira da Foz, depois ex-presidente da Câmara de Lisboa. Agora é ex-Primeiro-ministro e isso não o satisfaz. Por isso se vai esforçar por passar a ser conhecido dentro de meses, de novo, como ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
TODOS SOMOS EX MAS UNS SÃO MAIS EX DO QUE OUTROS
Tem razão o Jumento. Por que razão alguns nomes são frequentemente prefixados com um ex-comunista, eternizando-se alguns nessa prefixação? É o caso agora de Mário Lino. É o caso de Vital Moreira e até de José Magalhães, há tantos anos filiado no PS. Raramente vemos tal referência a Zita Seabra. Nunca ex-maoísta a Durão Barroso. Nunca ex-OCMLP (Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa) a Pacheco Pereira. Ou ex-PSD a Paulo Portas. Para não falar de Adriano Moreira, que foi ministro de Salazar. Que ex lhe caberia?
mas também há...
EX POR VOCAÇÃO
Há pessoas que ambicionam ser presidentes. Seja do que for. Há outras, porém, cuja ambição é serem ex-presidentes. É o caso de PSL. Depois de ser conhecido como ex-presidente do Sporting, esforçou-se por ser conhecido como ex-presidente da Câmara da Figueira da Foz, depois ex-presidente da Câmara de Lisboa. Agora é ex-Primeiro-ministro e isso não o satisfaz. Por isso se vai esforçar por passar a ser conhecido dentro de meses, de novo, como ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
quinta-feira, março 10, 2005
_________________________________________________________________
LIBERDADE DE CONDICIONAR
"as televisões privadas gozam de liberdade editorial". É certamente por isso que se pode dizer que somos todos livres mas alguns são mais livres do que outros. Assim todos pudessem ser proprietários de um canal de televisão e logo todos seriam inteiramente livres.
LIBERDADE DE CONDICIONAR
"as televisões privadas gozam de liberdade editorial". É certamente por isso que se pode dizer que somos todos livres mas alguns são mais livres do que outros. Assim todos pudessem ser proprietários de um canal de televisão e logo todos seriam inteiramente livres.
_________________________________________________________________
QUADRATURA DO CÍRCULO
A divisão da perspectiva sobre política externa entre atlantistas e não atlantistas fará cada vez menos sentido num contexto pós-guerra fria e de crescente globalização. Menos sentido ainda faz num contexto em que a geo-estratégia mundial é dominada por uma posição hegemónica dos EUA. Por outro lado, uma coisa é a retórica anti-bush e outra é a perspectiva face aos EUA. Não vejo por que razão uma clara oposição a uma política americana versão Bush possa ser confundida com qualquer perspectiva de menosprezo pelos compromissos de Portugal no quadro da aliança com os EUA. Lembro a posição firme de países como a França e a Alemanha no tocante à aventura de Bush no Iraque, e a distinção que esses países fizeram entre isso mesmo e a sua relação com os EUA. Considero, igualmente, que no actual quadro geo-estratégico global só uma posição firme da UE, e a concertação de uma estratégia desta face aos EUA, mas também face ao Japão e à China, permitirá atingir um equilíbrio razoável de poderes no quadro internacional. A questão está, precisamente, em contrariar a ideia de subjugação obrigatória da generalidade dos países da UE à estratégia americana e, mais ainda, a refutação da ideia de que só é aceitável que esses países tenham uma política externa dependente, não só dos EUA como potência mundial, como de uma determinada orientação política dessa potência. Que princípio político justifica que a escolha do MNE se circunscreva às personalidades seguidoras de um atlantismo baseado nos princípios da guerra fria, e seguidistas face à estratégia pessoal da presidência norte-americana de uma dada conjuntura política? Não vejo, pois, razões para questionar a escolha de Freitas do Amaral para Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, nem vejo nisso qualquer contradição com a perspectiva de Sócrates, a orientação de política externa do PS, ou o seu programa eleitoral. O problema deste tipo de asserções, como a que se tem ouvido em relação a Freitas, é que fazendo a crítica de posições radicais, incompreensíveis nos tempos actuais, pós guerra fria, como as que continuam a ser defendidas pelos partidos mais à esquerda no espectro político nacional - continuam a laborar, elas próprias, com os instrumentos conceptuais e os argumentos próprios dos tempos da guerra fria.
QUADRATURA DO CÍRCULO
A divisão da perspectiva sobre política externa entre atlantistas e não atlantistas fará cada vez menos sentido num contexto pós-guerra fria e de crescente globalização. Menos sentido ainda faz num contexto em que a geo-estratégia mundial é dominada por uma posição hegemónica dos EUA. Por outro lado, uma coisa é a retórica anti-bush e outra é a perspectiva face aos EUA. Não vejo por que razão uma clara oposição a uma política americana versão Bush possa ser confundida com qualquer perspectiva de menosprezo pelos compromissos de Portugal no quadro da aliança com os EUA. Lembro a posição firme de países como a França e a Alemanha no tocante à aventura de Bush no Iraque, e a distinção que esses países fizeram entre isso mesmo e a sua relação com os EUA. Considero, igualmente, que no actual quadro geo-estratégico global só uma posição firme da UE, e a concertação de uma estratégia desta face aos EUA, mas também face ao Japão e à China, permitirá atingir um equilíbrio razoável de poderes no quadro internacional. A questão está, precisamente, em contrariar a ideia de subjugação obrigatória da generalidade dos países da UE à estratégia americana e, mais ainda, a refutação da ideia de que só é aceitável que esses países tenham uma política externa dependente, não só dos EUA como potência mundial, como de uma determinada orientação política dessa potência. Que princípio político justifica que a escolha do MNE se circunscreva às personalidades seguidoras de um atlantismo baseado nos princípios da guerra fria, e seguidistas face à estratégia pessoal da presidência norte-americana de uma dada conjuntura política? Não vejo, pois, razões para questionar a escolha de Freitas do Amaral para Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, nem vejo nisso qualquer contradição com a perspectiva de Sócrates, a orientação de política externa do PS, ou o seu programa eleitoral. O problema deste tipo de asserções, como a que se tem ouvido em relação a Freitas, é que fazendo a crítica de posições radicais, incompreensíveis nos tempos actuais, pós guerra fria, como as que continuam a ser defendidas pelos partidos mais à esquerda no espectro político nacional - continuam a laborar, elas próprias, com os instrumentos conceptuais e os argumentos próprios dos tempos da guerra fria.
_________________________________________________________________
O REGRESSO DO BLOG MULTIMEDIA
Os leitores habituais recordam-se certamente da tentativa mal conseguida no verão, de apresentação de ficheiros audio e até vídeo, devido ao peso daqueles ficheiros. Inspirado neste blog resolvi retomar, em versão mais soft, a ideia. Agora apenas com um ficheiro de cada vez, devido ao volume "megabaitico" que eles implicam. Nada de novo quanto ao conteúdo. Apenas aquela deliciosa obsessão que me acompanha há muitos anos. Um exemplo é este se quiserem acompanhar o texto. Para ouvir basta que vão à coluna da direita ao fundo e coloquem o leitor a funcionar.
Tenham um bom dia !
O REGRESSO DO BLOG MULTIMEDIA
Os leitores habituais recordam-se certamente da tentativa mal conseguida no verão, de apresentação de ficheiros audio e até vídeo, devido ao peso daqueles ficheiros. Inspirado neste blog resolvi retomar, em versão mais soft, a ideia. Agora apenas com um ficheiro de cada vez, devido ao volume "megabaitico" que eles implicam. Nada de novo quanto ao conteúdo. Apenas aquela deliciosa obsessão que me acompanha há muitos anos. Um exemplo é este se quiserem acompanhar o texto. Para ouvir basta que vão à coluna da direita ao fundo e coloquem o leitor a funcionar.
Tenham um bom dia !
quarta-feira, março 09, 2005
_________________________________________________________________
ANDREI RUBLYOV
.gif)
Está à venda na FNAC uma edição DVD deste filme que é, em minha opinião, não apenas um clássico do cinema mas talvez o melhor filme de sempre. Para quem já reparou é dele a imagem que escolhi há tempos para figurar na caixa de comentários deste blog. Este filme é apenas uma obra-prima de um dos melhores realizadores de todos os tempos, o russo Andrei Tarkovsky. Não é um filme para quem gosta de ir ao cinema. É um filme para quem gosta de cinema. Não vou dizer nada da fotografia e do argumento do filme. A edição não é muito acessível. São trinta e nove euros, apesar de tudo para dois dvd's. Mas os conteúdos valem bem cada cêntimo do seu preço. Depois não digam que eu não avisei.
ANDREI RUBLYOV
Está à venda na FNAC uma edição DVD deste filme que é, em minha opinião, não apenas um clássico do cinema mas talvez o melhor filme de sempre. Para quem já reparou é dele a imagem que escolhi há tempos para figurar na caixa de comentários deste blog. Este filme é apenas uma obra-prima de um dos melhores realizadores de todos os tempos, o russo Andrei Tarkovsky. Não é um filme para quem gosta de ir ao cinema. É um filme para quem gosta de cinema. Não vou dizer nada da fotografia e do argumento do filme. A edição não é muito acessível. São trinta e nove euros, apesar de tudo para dois dvd's. Mas os conteúdos valem bem cada cêntimo do seu preço. Depois não digam que eu não avisei.
_________________________________________________________________
JÁ NÃO PERCEBO NADA...
então a aliança PSD/PP não era uma aliança contra os poderosos e o grande capital financeiro? Então, por que motivo agora o Ministério das Finanças divulga um estudo em que se ficou a saber que em 2005 o Estado vai arrecadar menos 400 milhões de euros de impostos provenientes de IRC, devido a uma baixa daquele imposto, no que chamaram de choque fiscal, que beneficia em primeiro lugar a Banca e em segundo lugar as grandes empresas (ambos pagarão menos 17% de IRC este ano)?
e o homem de estado do PP, ministro da defesa, não havia salvo o emprego dos trabalhadores da Bombardier (ex-Sorefame)? Então, por que motivo os trabalhadores estão de piquete na fábrica, sob a ameaça da administração dela retirar o seu conteúdo (robots de montagem) que permite a mesma laborar?
JÁ NÃO PERCEBO NADA...
então a aliança PSD/PP não era uma aliança contra os poderosos e o grande capital financeiro? Então, por que motivo agora o Ministério das Finanças divulga um estudo em que se ficou a saber que em 2005 o Estado vai arrecadar menos 400 milhões de euros de impostos provenientes de IRC, devido a uma baixa daquele imposto, no que chamaram de choque fiscal, que beneficia em primeiro lugar a Banca e em segundo lugar as grandes empresas (ambos pagarão menos 17% de IRC este ano)?
e o homem de estado do PP, ministro da defesa, não havia salvo o emprego dos trabalhadores da Bombardier (ex-Sorefame)? Então, por que motivo os trabalhadores estão de piquete na fábrica, sob a ameaça da administração dela retirar o seu conteúdo (robots de montagem) que permite a mesma laborar?
_________________________________________________________________
HIS MASTERS VOICE
Disse ontem que retorna à CML para que não digam que nunca acaba nada. Também porque não gosta de ser deputado. Já o foi na AR e desistiu a meio. Já o foi no parlamento europeu e desistiu a meio. Porque não gosta. O que gosta mesmo é de desistir. Mas para que não digam que desiste a meio de tudo vai retomar o mandato de presidente da autarquia para o levar até ao fim. Faltam alguns meses apenas? Não faz mal. Em dois ou três meses pode acontecer muita coisa. Podem acontecer erros da parte do governo, como a subida dos impostos. E isso pode ser decisivo para que ele ganhe as eleições para a Câmara. Said his masters voice.
HIS MASTERS VOICE
Disse ontem que retorna à CML para que não digam que nunca acaba nada. Também porque não gosta de ser deputado. Já o foi na AR e desistiu a meio. Já o foi no parlamento europeu e desistiu a meio. Porque não gosta. O que gosta mesmo é de desistir. Mas para que não digam que desiste a meio de tudo vai retomar o mandato de presidente da autarquia para o levar até ao fim. Faltam alguns meses apenas? Não faz mal. Em dois ou três meses pode acontecer muita coisa. Podem acontecer erros da parte do governo, como a subida dos impostos. E isso pode ser decisivo para que ele ganhe as eleições para a Câmara. Said his masters voice.
terça-feira, março 08, 2005
_________________________________________________________________
AINDA O RETRATO
Se meditarmos bem nos últimos tempos da deriva do PP, podemos perceber sem grande espanto que tal deriva é claramente de pendor estalinista. Então não é este PP o partido que luta contra os poderosos? Não é este PP o partido "revolucionário do século XXI"? Não foi este PP quem plagiou cânticos e palavras-de-ordem do mais estalinista dos tempos do PREC, como "assim se vê a força do PP"? Não admira, portanto, que na senda dessa deriva estalinista o PP queira, tal como José Estaline, apagar da história os nomes que a fizeram, num claro intuito de a reescrever, a seu modo, num acto em que foi pródigo o estalinismo na sua versão fundadora. Recorde-se a intervenção do seu líder, na noite das últimas eleições, ao comparar o seu score eleitoral com aquele que foi obtido pelo partido "trotskista". O arqui-inimigo de Estaline. Nada acontece por acaso...
AINDA O RETRATO
Se meditarmos bem nos últimos tempos da deriva do PP, podemos perceber sem grande espanto que tal deriva é claramente de pendor estalinista. Então não é este PP o partido que luta contra os poderosos? Não é este PP o partido "revolucionário do século XXI"? Não foi este PP quem plagiou cânticos e palavras-de-ordem do mais estalinista dos tempos do PREC, como "assim se vê a força do PP"? Não admira, portanto, que na senda dessa deriva estalinista o PP queira, tal como José Estaline, apagar da história os nomes que a fizeram, num claro intuito de a reescrever, a seu modo, num acto em que foi pródigo o estalinismo na sua versão fundadora. Recorde-se a intervenção do seu líder, na noite das últimas eleições, ao comparar o seu score eleitoral com aquele que foi obtido pelo partido "trotskista". O arqui-inimigo de Estaline. Nada acontece por acaso...
_________________________________________________________________
HOJE DEVO ACORDAR ASSIM:
Consequência de ontem ter adormecido como adormeci e de hoje ser o dia internacional dela.
HOJE DEVO ACORDAR ASSIM:
Consequência de ontem ter adormecido como adormeci e de hoje ser o dia internacional dela.
_________________________________________________________________
UM BLOGGER NO NOVO GOVERNO
Provém do blog Puxa Palavra. Pelo que está de parabéns o blog e o blogger Mário Lino, agora senhor ministro, como se pode comprovar pelo texto do seu comentário: "Como podem calcular, todos os vossos comentários e desejos foram devidamente registados e serão tomados em devida consideração". Ora aí está um ministro a falar! Mas a falar a sério, o FC e o seu autor desejam ao senhor ministro os maiores sucessos na sua governação, para bem de todos nós. Isto, independentemente de qualquer sms ou telefonema que por aí aguardam alguns bloggers...
UM BLOGGER NO NOVO GOVERNO
Provém do blog Puxa Palavra. Pelo que está de parabéns o blog e o blogger Mário Lino, agora senhor ministro, como se pode comprovar pelo texto do seu comentário: "Como podem calcular, todos os vossos comentários e desejos foram devidamente registados e serão tomados em devida consideração". Ora aí está um ministro a falar! Mas a falar a sério, o FC e o seu autor desejam ao senhor ministro os maiores sucessos na sua governação, para bem de todos nós. Isto, independentemente de qualquer sms ou telefonema que por aí aguardam alguns bloggers...
_________________________________________________________________
E A GLOBALIZAÇÃO ? O QUE NÃO É?
Leituras mais apressadas do significado dos processos de globalização levarão alguns a tomá-la como o que agora se está a passar na costa oriental de África. Ao que parece o tsunami, ao revoltar o fundo do mar naquela região, terá trazido para a costa da Somália os lixos tóxicos que ali foram depositados, porventura há dezenas de anos, estando a afectar a saúde das populações ribeirinhas daquele país africano, começando a registar-se um elevado número de mortes e doenças provocadas pelo lixo dos países industrializados que após a primeira tragédia vem agora dando à costa no que poderá constituir-se numa segunda tragédia: as ondas de efeitos ambientais do maremoto naquela região do globo. Do mesmo modo, dirão outros que a presença de um português e, pela primeira vez na história, de um indiano, na fórmula um, é igualmente um efeito da globalização. Não é verdade. Muito embora estejamos em presença de factos que remetem para a internacionalização dos riscos ambientais, num caso, e circulação global de pessoas, símbolos e capitais, no outro; não estamos em nenhum deles em presença de algo absolutamente novo, e decorrente dos processos de globalização, que mais recentemente marcam a generalidade dos modos como se vêm organizando as sociedades e as economias mundiais. O menosprezo do capitalismo global pela existência humana que habita a sul do equador (e não só) é muito antigo. Pelo menos tão antigo como a presença de um português na fórmula um. Lembro-me disso, nos tempos em que eu me deliciava com a estética que advinha das máquinas Lotus patrocinadas pelos cigarros John Player Special, naquele preto e dourado, conduzido pelo brasileiro campeão do mundo Emerson Fitipaldi. Já nesse tempo o Brasil era um país com a cabeça no ano 2000 e os pés na Pré-história. Já nesse tempo pela fórmula um passou um português, sem deixar grande memória. De seu nome, Mário Cabral. Conhecido no meio como Nicha Cabral. Tem pois, inteira razão o Miguel Cabrita. O facto de haver "um português lá pelo meio - ou melhor, lá para trás", não quer dizer nada mais do que a nossa pequenez no grande circo global que também é a Fórmula Um. Porventura outro não será o lugar do cidadão indiano e a passagem da Índia por esse grande circo global. E assim é desde muito antes do que agora se chama globalização.
E A GLOBALIZAÇÃO ? O QUE NÃO É?
Leituras mais apressadas do significado dos processos de globalização levarão alguns a tomá-la como o que agora se está a passar na costa oriental de África. Ao que parece o tsunami, ao revoltar o fundo do mar naquela região, terá trazido para a costa da Somália os lixos tóxicos que ali foram depositados, porventura há dezenas de anos, estando a afectar a saúde das populações ribeirinhas daquele país africano, começando a registar-se um elevado número de mortes e doenças provocadas pelo lixo dos países industrializados que após a primeira tragédia vem agora dando à costa no que poderá constituir-se numa segunda tragédia: as ondas de efeitos ambientais do maremoto naquela região do globo. Do mesmo modo, dirão outros que a presença de um português e, pela primeira vez na história, de um indiano, na fórmula um, é igualmente um efeito da globalização. Não é verdade. Muito embora estejamos em presença de factos que remetem para a internacionalização dos riscos ambientais, num caso, e circulação global de pessoas, símbolos e capitais, no outro; não estamos em nenhum deles em presença de algo absolutamente novo, e decorrente dos processos de globalização, que mais recentemente marcam a generalidade dos modos como se vêm organizando as sociedades e as economias mundiais. O menosprezo do capitalismo global pela existência humana que habita a sul do equador (e não só) é muito antigo. Pelo menos tão antigo como a presença de um português na fórmula um. Lembro-me disso, nos tempos em que eu me deliciava com a estética que advinha das máquinas Lotus patrocinadas pelos cigarros John Player Special, naquele preto e dourado, conduzido pelo brasileiro campeão do mundo Emerson Fitipaldi. Já nesse tempo o Brasil era um país com a cabeça no ano 2000 e os pés na Pré-história. Já nesse tempo pela fórmula um passou um português, sem deixar grande memória. De seu nome, Mário Cabral. Conhecido no meio como Nicha Cabral. Tem pois, inteira razão o Miguel Cabrita. O facto de haver "um português lá pelo meio - ou melhor, lá para trás", não quer dizer nada mais do que a nossa pequenez no grande circo global que também é a Fórmula Um. Porventura outro não será o lugar do cidadão indiano e a passagem da Índia por esse grande circo global. E assim é desde muito antes do que agora se chama globalização.
segunda-feira, março 07, 2005
_________________________________________________________________
ANDAM ENIGMAS NO AR (RELOAD)...just kidding number two
Então!? Não desanimemos. Ainda faltam os secretários-de-estado, depois os directores-gerais, depois os chefes de gabinete, depois os adjuntos, depois os assessores, depois os institutos, depois os gabinetes, depois os observatórios, depois as comissões, depois os estudos, depois...
ANDAM ENIGMAS NO AR (RELOAD)...just kidding number two
Então!? Não desanimemos. Ainda faltam os secretários-de-estado, depois os directores-gerais, depois os chefes de gabinete, depois os adjuntos, depois os assessores, depois os institutos, depois os gabinetes, depois os observatórios, depois as comissões, depois os estudos, depois...
_________________________________________________________________
MAIS UM
constipado a juntar ao concurso que em tempos houve por aí na blogos. Uma espécie de lobby dos bloggers constipados. Fui à procura do clube, para nele me inscrever, mas já fecharam a época de contratações, creio eu. Pior do que apanhar uma constipação, é apanhar uma constipação fora de época, nem sequer temos vaga em qualquer clube.
MAIS UM
constipado a juntar ao concurso que em tempos houve por aí na blogos. Uma espécie de lobby dos bloggers constipados. Fui à procura do clube, para nele me inscrever, mas já fecharam a época de contratações, creio eu. Pior do que apanhar uma constipação, é apanhar uma constipação fora de época, nem sequer temos vaga em qualquer clube.
_________________________________________________________________
APOIO
Se o candidato do PS à CML for Ferro Rodrigues, como por aí se escreve, tem desde já o meu apoio. Parece-me, de facto, a melhor candidatura para a presidência de uma Câmara como a de Lisboa. Mas preocupa-me o facto de, uma vez mais, a democracia perder com a inexistência de um candidato alternativo por parte da direita, ao mesmo nível.
APOIO
Se o candidato do PS à CML for Ferro Rodrigues, como por aí se escreve, tem desde já o meu apoio. Parece-me, de facto, a melhor candidatura para a presidência de uma Câmara como a de Lisboa. Mas preocupa-me o facto de, uma vez mais, a democracia perder com a inexistência de um candidato alternativo por parte da direita, ao mesmo nível.
_________________________________________________________________
UM PARTIDO DE SENHORITOS MAL EDUCADOS
É este PP que agora resolveu demonstrar como está muito perto de deixar a democracia com esta atitude de enviar a fotografia de Freitas do Amaral para a sede do PS. Trata-se de uma atitude que apenas evidencia a azia anti-democrática com que estão a lidar com os resultados das últimas eleições. Note-se que a mesma atitude não foi a opção do CDS quando Lucas Pires abandonou o partido para ser deputado europeu pelo PSD, ou quando Manuel Monteiro resolveu criar um partido concorrente. Não foi também a atitude do PSD em relação a Sousa Franco quando o ex-presidente do PSD optou por integrar um governo PS, ou mais recentemente encabeçar as suas listas ao parlamento europeu. Acusar Freitas do Amaral de traição não faz qualquer sentido, até porque o líder histórico e fundador do CDS há muito que se havia demarcado - coerentemente - da orientação política do PP. O que a direita não suporta é que antigas figuras de proa do seu lado possam agora vir a ser personalidades determinantes no sucesso da esquerda do espectro político. Já quanto ao percurso inverso não existe qualquer objecção. Note-se o percurso de Durão Barroso, ou de Pacheco Pereira. Trata-se em qualquer dos casos, de percursos compreensíveis e legítimos no âmbito da evolução natural do pensamento político no interior da democracia. Nada que justifique atitudes infantis e revanchistas, como a que agora protagoniza o PP e que até ao momento apenas estávamos habituados a ver da parte do PCP quando excomunga os seus antigos militantes que abandonam o partido para se filiar noutros, como é próprio do dogmatismo da fé religiosa de que partilham as instituições dogmáticas como a Igreja e os partidos não democráticos. Esta atitude do PP é meio caminho andado para reocupar um lugar que é seu, no contexto europeu, ao lado de Le Pen e afins. O que apenas vem dar mais razão à opção de Freitas do Amaral. Se dúvidas houvesse quanto à justeza das razões que assistem ao ex-líder do CDS, eis que elas ficariam dissipadas com esta atitude do PP.
UM PARTIDO DE SENHORITOS MAL EDUCADOS
É este PP que agora resolveu demonstrar como está muito perto de deixar a democracia com esta atitude de enviar a fotografia de Freitas do Amaral para a sede do PS. Trata-se de uma atitude que apenas evidencia a azia anti-democrática com que estão a lidar com os resultados das últimas eleições. Note-se que a mesma atitude não foi a opção do CDS quando Lucas Pires abandonou o partido para ser deputado europeu pelo PSD, ou quando Manuel Monteiro resolveu criar um partido concorrente. Não foi também a atitude do PSD em relação a Sousa Franco quando o ex-presidente do PSD optou por integrar um governo PS, ou mais recentemente encabeçar as suas listas ao parlamento europeu. Acusar Freitas do Amaral de traição não faz qualquer sentido, até porque o líder histórico e fundador do CDS há muito que se havia demarcado - coerentemente - da orientação política do PP. O que a direita não suporta é que antigas figuras de proa do seu lado possam agora vir a ser personalidades determinantes no sucesso da esquerda do espectro político. Já quanto ao percurso inverso não existe qualquer objecção. Note-se o percurso de Durão Barroso, ou de Pacheco Pereira. Trata-se em qualquer dos casos, de percursos compreensíveis e legítimos no âmbito da evolução natural do pensamento político no interior da democracia. Nada que justifique atitudes infantis e revanchistas, como a que agora protagoniza o PP e que até ao momento apenas estávamos habituados a ver da parte do PCP quando excomunga os seus antigos militantes que abandonam o partido para se filiar noutros, como é próprio do dogmatismo da fé religiosa de que partilham as instituições dogmáticas como a Igreja e os partidos não democráticos. Esta atitude do PP é meio caminho andado para reocupar um lugar que é seu, no contexto europeu, ao lado de Le Pen e afins. O que apenas vem dar mais razão à opção de Freitas do Amaral. Se dúvidas houvesse quanto à justeza das razões que assistem ao ex-líder do CDS, eis que elas ficariam dissipadas com esta atitude do PP.
sábado, março 05, 2005
_________________________________________________________________
SEM PALAVRAS
Com um governo destes, o estado em que se encontra a regeneração do PSD e a hipótese não improvável do fim do CDS, acho que vou antes escrever a propósito dos livros que tenho encontrado nos alfarrabistas e postar uns poemas de T.S. Eliot.
FROM THE LOVE SONG OF J. ALFRED PRUFROCK
(...)
No! I am not Prince Hamlet, nor was meant to be;
Am an attendant lord, one that will do
To swell a progress, start a scene or two,
Advise the prince; no doubt, an easy tool,
Deferential, glad to be of use,
Politic, cautious, and meticulous;
Full of high sentence, but a bit obtuse;
At times, indeed, almost ridiculous—
Almost, at times, the Fool.
(...)
T.S. Eliot (1888–1965), Prufrock and Other Observations, 1917.
***
Bom fim de semana !
SEM PALAVRAS
Com um governo destes, o estado em que se encontra a regeneração do PSD e a hipótese não improvável do fim do CDS, acho que vou antes escrever a propósito dos livros que tenho encontrado nos alfarrabistas e postar uns poemas de T.S. Eliot.
FROM THE LOVE SONG OF J. ALFRED PRUFROCK
(...)
No! I am not Prince Hamlet, nor was meant to be;
Am an attendant lord, one that will do
To swell a progress, start a scene or two,
Advise the prince; no doubt, an easy tool,
Deferential, glad to be of use,
Politic, cautious, and meticulous;
Full of high sentence, but a bit obtuse;
At times, indeed, almost ridiculous—
Almost, at times, the Fool.
(...)
T.S. Eliot (1888–1965), Prufrock and Other Observations, 1917.
***
Bom fim de semana !
_________________________________________________________________
SÓ HÁ UM PROBLEMA COM ESTE GOVERNO
É a qualidade da oposição que tem. Se é que oposição existe no país. Um PSD dividido entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes e um CDS sem conseguir arranjar um líder. Um governo com esta qualidade perde muito com uma oposição destas. Merecia uma oposição, já não digo com o mesmo nível, mas pelo menos com algum nível.
SÓ HÁ UM PROBLEMA COM ESTE GOVERNO
É a qualidade da oposição que tem. Se é que oposição existe no país. Um PSD dividido entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes e um CDS sem conseguir arranjar um líder. Um governo com esta qualidade perde muito com uma oposição destas. Merecia uma oposição, já não digo com o mesmo nível, mas pelo menos com algum nível.
_________________________________________________________________
OS IMPACTOS DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (RELOAD)
Ao que parece, tal como aqui escrevi, a inovação tecnológica está a tramar o PSD. Os carros já vêm com a rodagem feita de fábrica. O senhor Rodrigo Moita de Deus, se não se importa, faça o favor de pagar os direitos de autor, pelo que escreve ontem n'O Acidental.
OS IMPACTOS DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA (RELOAD)
Ao que parece, tal como aqui escrevi, a inovação tecnológica está a tramar o PSD. Os carros já vêm com a rodagem feita de fábrica. O senhor Rodrigo Moita de Deus, se não se importa, faça o favor de pagar os direitos de autor, pelo que escreve ontem n'O Acidental.
_________________________________________________________________
O HOMEM QUE NUNCA APRENDEU NADA
Ao que parece, Lopes pode mesmo vir a re-ocupar o lugar de presidente da CML. Se assim for, fica definitivamente provado que Lopes é o homem que não aprende e vive numa absoluta irrealidade. Fica também aberto o caminho para uma disputa eleitoral pouco prestigiante para o candidato ganhador do PS. É pena, porque a cidade capital do país merecia melhor. Ao contrário do que pregam alguns comentadores encartados creio que Lopes é já um cadáver político. Pior é que nem um funeral político minimamente decente (dentro do possível) aceite.
O HOMEM QUE NUNCA APRENDEU NADA
Ao que parece, Lopes pode mesmo vir a re-ocupar o lugar de presidente da CML. Se assim for, fica definitivamente provado que Lopes é o homem que não aprende e vive numa absoluta irrealidade. Fica também aberto o caminho para uma disputa eleitoral pouco prestigiante para o candidato ganhador do PS. É pena, porque a cidade capital do país merecia melhor. Ao contrário do que pregam alguns comentadores encartados creio que Lopes é já um cadáver político. Pior é que nem um funeral político minimamente decente (dentro do possível) aceite.
_________________________________________________________________
UM PALPITE...
Há uma direita que é cinicamente ranhosa. Ou ranhosamente cínica. Como queiram. Afiavam o dente para virem dizer: aí está o regabofe típico do PS. Aquele que gostam de identificar com o "guterrismo". Bastava que começassem as confusões em relação à composição do governo. Nada disso se está a verificar. Vai daí atacam o PS e em particular Sócrates pelo silêncio. Este insuportável silêncio para os dentes afiados dos usuais comentadores de serviço da direita. Pois, incluindo aqueles que diziam ser Sócrates um gémeo siamês de Santana. Em devido tempo aqui mencionei que tal ideia não tinha correspondência empírica. Ficou provado, à saciedade, na campanha eleitoral que não. Mas eles insistem em afiar o dente e esperar nas esquinas o primeiro deslize de Sócrates para virem dizer: aí está, eu não dizia? Aliás, já dizem: "vamos ver, isso é o que vamos ver". Tenho um palpite. Agora reforçado com o conhecimento da composição do governo. É o de que Sócrates não lhes vai dar grandes argumentos e os vai obrigar à mais longa travessia do deserto da história da democracia. É um palpite.
UM PALPITE...
Há uma direita que é cinicamente ranhosa. Ou ranhosamente cínica. Como queiram. Afiavam o dente para virem dizer: aí está o regabofe típico do PS. Aquele que gostam de identificar com o "guterrismo". Bastava que começassem as confusões em relação à composição do governo. Nada disso se está a verificar. Vai daí atacam o PS e em particular Sócrates pelo silêncio. Este insuportável silêncio para os dentes afiados dos usuais comentadores de serviço da direita. Pois, incluindo aqueles que diziam ser Sócrates um gémeo siamês de Santana. Em devido tempo aqui mencionei que tal ideia não tinha correspondência empírica. Ficou provado, à saciedade, na campanha eleitoral que não. Mas eles insistem em afiar o dente e esperar nas esquinas o primeiro deslize de Sócrates para virem dizer: aí está, eu não dizia? Aliás, já dizem: "vamos ver, isso é o que vamos ver". Tenho um palpite. Agora reforçado com o conhecimento da composição do governo. É o de que Sócrates não lhes vai dar grandes argumentos e os vai obrigar à mais longa travessia do deserto da história da democracia. É um palpite.
quinta-feira, março 03, 2005
_________________________________________________________________
UMA COISA É CERTA
Portugal é um país, entre outros, em que a hipocrisia tem aconchego caloroso e amplamente enraizado no subconsciente colectivo da nação. Ou não deveria a Igreja toda defender o que as suas leis postulam? Ou não deviam as cadeias estar cheias de mulheres que praticam o aborto? Ou não deviam os concursos públicos anunciar à partida que não são concursos mas a sua fachada para colocar alguém que se sabe à partida quem é? Ou não deviam os limites de velocidade anunciar que não são para cumprir à risca? Ou não deviam as mulheres que se queixam da inequidade na distribuição de tarefas deixar de pensar que há tarefas que são femininas e outras masculinas e assim são condescendentes e cúmplices face aos seus parceiros homens só porque são homens, isto é, ostentam em seu favor o simbolo do seu poder, o falus? Ou não deviam os moralistas anunciar que as públicas virtudes que defendem não são confundíveis com os vícios privados que ocultam? Ou não devia Frei Tomás ser o padroeiro da nação? Tem, por isso, inteira razão o Bruno Sena Martins.
UMA COISA É CERTA
Portugal é um país, entre outros, em que a hipocrisia tem aconchego caloroso e amplamente enraizado no subconsciente colectivo da nação. Ou não deveria a Igreja toda defender o que as suas leis postulam? Ou não deviam as cadeias estar cheias de mulheres que praticam o aborto? Ou não deviam os concursos públicos anunciar à partida que não são concursos mas a sua fachada para colocar alguém que se sabe à partida quem é? Ou não deviam os limites de velocidade anunciar que não são para cumprir à risca? Ou não deviam as mulheres que se queixam da inequidade na distribuição de tarefas deixar de pensar que há tarefas que são femininas e outras masculinas e assim são condescendentes e cúmplices face aos seus parceiros homens só porque são homens, isto é, ostentam em seu favor o simbolo do seu poder, o falus? Ou não deviam os moralistas anunciar que as públicas virtudes que defendem não são confundíveis com os vícios privados que ocultam? Ou não devia Frei Tomás ser o padroeiro da nação? Tem, por isso, inteira razão o Bruno Sena Martins.
_________________________________________________________________
NUNCA REGRESSA À TERRA
Dado como finado aqui no FC, eis que ressuscitou o TdN. Um dia destes já o retiro da sepultura e volto a colocá-lo no seu lugar.
NUNCA REGRESSA À TERRA
Dado como finado aqui no FC, eis que ressuscitou o TdN. Um dia destes já o retiro da sepultura e volto a colocá-lo no seu lugar.
_________________________________________________________________
A IGREJA RETRÓGRADA E O BURACO DA FECHADURA
Sempre gostava de saber como é que o padre Serras Pereira controla o uso de contraceptivos por parte dos seus paroquianos. Será que anda a espreitar pelo buraco da fechadura? E como se pode invocar Cristo para sustentar a reprovação do uso da pílula e do preservativo? Porventura o Control Nature e o Durex Sensitive eram produtos correntes no tempo do Nazareno e por ele excomungados?
A IGREJA RETRÓGRADA E O BURACO DA FECHADURA
Sempre gostava de saber como é que o padre Serras Pereira controla o uso de contraceptivos por parte dos seus paroquianos. Será que anda a espreitar pelo buraco da fechadura? E como se pode invocar Cristo para sustentar a reprovação do uso da pílula e do preservativo? Porventura o Control Nature e o Durex Sensitive eram produtos correntes no tempo do Nazareno e por ele excomungados?
terça-feira, março 01, 2005
_________________________________________________________________
MUITO PESSOAL
Há quanto tempo não navegava por aqui. E como está bonito o Céu e a Terra...
MUITO PESSOAL
Há quanto tempo não navegava por aqui. E como está bonito o Céu e a Terra...
_________________________________________________________________
ANIVERSÁRIO
Os meus parabéns a este eixo portista, elitista e liberal. O Blasfémias é blog de leitura quotidiana aqui no FC.
ANIVERSÁRIO
Os meus parabéns a este eixo portista, elitista e liberal. O Blasfémias é blog de leitura quotidiana aqui no FC.
_________________________________________________________________
ANDAM ENIGMAS NO AR...
Aforismos para uso pessoal e indústrias de ponta...
ANDAM ENIGMAS NO AR...
Aforismos para uso pessoal e indústrias de ponta...
Subscrever:
Mensagens (Atom)
