Nada mais prosaico, e simultaneamente eficaz, para fazer observação participante no seio da classe média do que uma assembleia de condomínio da dita. Lá estão as auto-percepções de pertença de classe à média-alta. Tive de afirmar que duvido da justeza da auto-classificação. Lá estão os medos paranoicos da mobilidade social ascendente numa só geração e seu alvo: as pessoas do bairro social mais próximo, os chineses, os indianos, os pretos. Em duas palavras, as classes perigosas. Tive de encerrar a conversa com a afirmação de que a minha filha, "por acaso", ficou sem o telemóvel no interior de um
health club, obviamente não frequentado pelas "classes perigosas". Uma mérdia, esta classe.
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