segunda-feira, maio 30, 2005

_________________________________________________________________

INTERLÚDIO NOS TEMAS TABU DA QUESTÃO ANGOLANA

O João Tunes tem vindo a acompanhar esta nossa incursão nos acontecimentos que conduziram ao 27 de Maio e seus efeitos em Angola, com posts réplica de grande qualidade de análise. Ao fazê-lo, o João Tunes antecipa-se, em algumas passagens, aos argumentos que vou apresentando. Não respondi até ao presente para não confundir os meus próprios argumentos. Para quem se interesse por este tema, deverá acompanhar também os textos do Água Lisa, com os quais estou genericamente de acordo. Como nunca há espaço num post para apresentar todos os argumentos e todos os aspectos de uma perspectiva, ainda bem que o João Tunes vai complementando os meus posts, com outras achegas para este tema. Para mim o interesse do tema reside no facto de eu ter uma visão que assenta, sobretudo, no que foi dado a conhecer dos acontecimentos, ao mesmo tempo que tenho a clara consciência que uma parte não negligenciável, e fundamental, do processo, não será facilmente cognoscível. Como bem refere um leitor nas caixas de comentários, importaria consultar os arquivos da KGB e da secreta cubana para poder aceder a toda a verdade. Lateralmente, e a talhe de foice, aproveito para dizer aqui ao João que tenho as mais sérias dúvidas que o progressivo afastamento de muitos angolanos brancos e mestiços, ou de alinhados com a orientação de Agostinho Neto, independentemente de "raças", após a sua morte, possa ser interpretado como um "auto-afastamento". Mas essa é mais uma dúvida, entre outras que aqui quero trazer e às quais o João Tunes se vai antecipando. Ainda bem que assim é. Desse modo temos uma "postagem" interactiva, e a quatro mãos, deste tema.

Sem comentários: