"The true mystery of the world is the visible, not the invisible" Oscar Wilde
terça-feira, janeiro 17, 2006
Prós e Contras sobre a pátria e a alma da nação
Há vinte e cinco anos num café, eu e os meus amigos, todos a rondar os vinte anos, também tínhamos discussões do género. Só não tínhamos notoriedade pública.
2 comentários:
Anónimo
disse...
O Cavalo Vencedor e o Cavaco Perdedor
Hoje, no Forum da TSF sobre as sondagens, às tantas ouvi o Pedro Magalhães (Director do Centro de Sondagens da Católica) e (pondo as barbas de molho como o Mais Livre já alertou) a dizer que “as sondagens não servem para prever resultados eleitorais, servem para descrever intenções de voto”, “para o eleitorado da direita o Cavaco é o seu candidato” e até que “as eleições decidem-se no voto e não nas sondagens”.
Nessa altura, mais do que nunca ficou para mim claro que estas “sondagens” (e particularmente as “diárias” do DN e da TSF) foram a arma a que desta vez os cavaquistas (i.e. os grupos económicos e financeiros que pretendem pôr Cavaco na PR), deitaram a mão com mais força, para nos levarem na conversa deles..
Estas “sondagens” tentam fazer Cavaco parecer o que não é. Tentam dar dele a imagem de “vencedor”, escondendo que Cavaco é um candidato banal e minoritário. Banal, como se viu pelas generalidades que debitou nos debates e continua a debitar na campanha. Minoritário porque só tem o apoio do PSD e do PP. E bem nos lembramos das encenações com o Veiga e o Carlos Beato para “provar” apoios fora do seu campo, quando o Veiga se representa a si próprio e o Beato já antes o tinha apoiado...
Isto é tentam vender-nos o Cavaco como (durante muitos anos) nos venderam o sabonete Lux, não porque fosse um sabonete melhor do que os outros, mas porque era usado por nove em cada dez estrelas de Hollywood. Agora impingem-nos Cavaco, não porque seja melhor mas porque 60, 55, ou 53 por cento dos portugueses alegadamente vão votar nele...isto é, jogam no facto das pessoas gostarem de apostar no cavalo vencedor.
Mas estas “sondagens diárias” têm tão pouca credibilidade que nem sequer o Pedro Magalhães as inclui no gráfico do seu blogue Margens de Erro. É que as variações diárias que desde o dia 9, fazem as manchetes do DN e da TSF, estão todas dentro da margem de erro da própria sondagem e assim essas tais variações diárias podem portanto não significar rigorosamente nada. Mas disto ninguém avisa nem os ouvintes da TSF nem os leitores do DN...
Mesmo “pegando” nestas “sondagens”, em números brutos nem uma única vez sequer o Cavaco atingiu os 50%...no máximo foi aos 48% em 10 e 11 de Janeiro e hoje quedou-se pelos 41%. Isto é, nas 600 pessoas que em quatro dias foram inquiridas, nem 300 disseram que vão votar nele e hoje 240 dizem que sim mas 360 dizem que não.
E assim, apesar das “sondagens” se esvai a máscara do Cavalo Vencedor e começa a surgir o verdadeiro Cavaco Perdedor.
As sondagens – não as subestimemos – são técnicas poderosas para fazer a cabeça às pessoas, para criar modas, para nos porem a comprar coisas de que antes nunca necessitámos, para nos porem a simpatizar com quem não conhecemos (ou vice-versa). As sondagens custam dinheiro, muito dinheiro. Por isso quem o tem e quer atingir um determinado fim usa e abusa delas.
Mas sendo as “sondagens” a arma “deles”, é bom que a malta não esqueça que o voto é a nossa arma. E eu como trabalhadora e mulher vou usar o meu voto para eleger o nosso candidato: Jerónimo!
2 comentários:
O Cavalo Vencedor e o Cavaco Perdedor
Hoje, no Forum da TSF sobre as sondagens, às tantas ouvi o Pedro Magalhães (Director do Centro de Sondagens da Católica) e (pondo as barbas de molho como o Mais Livre já alertou) a dizer que “as sondagens não servem para prever resultados eleitorais, servem para descrever intenções de voto”, “para o eleitorado da direita o Cavaco é o seu candidato” e até que “as eleições decidem-se no voto e não nas sondagens”.
Nessa altura, mais do que nunca ficou para mim claro que estas “sondagens” (e particularmente as “diárias” do DN e da TSF) foram a arma a que desta vez os cavaquistas (i.e. os grupos económicos e financeiros que pretendem pôr Cavaco na PR), deitaram a mão com mais força, para nos levarem na conversa deles..
Estas “sondagens” tentam fazer Cavaco parecer o que não é. Tentam dar dele a imagem de “vencedor”, escondendo que Cavaco é um candidato banal e minoritário. Banal, como se viu pelas generalidades que debitou nos debates e continua a debitar na campanha. Minoritário porque só tem o apoio do PSD e do PP. E bem nos lembramos das encenações com o Veiga e o Carlos Beato para “provar” apoios fora do seu campo, quando o Veiga se representa a si próprio e o Beato já antes o tinha apoiado...
Isto é tentam vender-nos o Cavaco como (durante muitos anos) nos venderam o sabonete Lux, não porque fosse um sabonete melhor do que os outros, mas porque era usado por nove em cada dez estrelas de Hollywood. Agora impingem-nos Cavaco, não porque seja melhor mas porque 60, 55, ou 53 por cento dos portugueses alegadamente vão votar nele...isto é, jogam no facto das pessoas gostarem de apostar no cavalo vencedor.
Mas estas “sondagens diárias” têm tão pouca credibilidade que nem sequer o Pedro Magalhães as inclui no gráfico do seu blogue Margens de Erro. É que as variações diárias que desde o dia 9, fazem as manchetes do DN e da TSF, estão todas dentro da margem de erro da própria sondagem e assim essas tais variações diárias podem portanto não significar rigorosamente nada. Mas disto ninguém avisa nem os ouvintes da TSF nem os leitores do DN...
Mesmo “pegando” nestas “sondagens”, em números brutos nem uma única vez sequer o Cavaco atingiu os 50%...no máximo foi aos 48% em 10 e 11 de Janeiro e hoje quedou-se pelos 41%. Isto é, nas 600 pessoas que em quatro dias foram inquiridas, nem 300 disseram que vão votar nele e hoje 240 dizem que sim mas 360 dizem que não.
E assim, apesar das “sondagens” se esvai a máscara do Cavalo Vencedor e começa a surgir o verdadeiro Cavaco Perdedor.
As sondagens – não as subestimemos – são técnicas poderosas para fazer a cabeça às pessoas, para criar modas, para nos porem a comprar coisas de que antes nunca necessitámos, para nos porem a simpatizar com quem não conhecemos (ou vice-versa). As sondagens custam dinheiro, muito dinheiro. Por isso quem o tem e quer atingir um determinado fim usa e abusa delas.
Mas sendo as “sondagens” a arma “deles”, é bom que a malta não esqueça que o voto é a nossa arma. E eu como trabalhadora e mulher vou usar o meu voto para eleger o nosso candidato: Jerónimo!
há 15 anos num café, também eu e os meus amigos... (por acaso eram discussões bem mais interessantes do que ouvi na 2ª). um abraço, Professor
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