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JÁ CHEGÁMOS AO CONTINENTE?
Empresários como o Engº Belmiro de Azevedo exigem menor interferência do Estado na economia, mas depois querem interferir mais nas opções do Estado. Esquecem-se que um país não é exactamente um hipermercado e a qualidade do governo não depende do downsizing. Na governação de um país o que conta não é o número de ministérios mas a sua existência nas áreas em que se justificam e a qualidade do seu trabalho. O despesismo depende menos do número de ministérios do que da boa ou má gestão dos mesmos. Se os empresários exigem que o Estado não interfira na vida das empresas, bom seria que não pretendessem interferir nas opções de política estatal, procurando condicioná-las com palpites desajustados.
Morreu François Ascher
Há 15 anos
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