Sei de um
jovem português nascido no ano de 1978, que não vive em Portugal. Vive em constante
jet-lag. Entre Moçambique, o Brasil, os EUA, a China, a Finlândia, a Inglaterra. Devido à sua actividade profissional. Como entre nós não havia um curso superior que, para abreviar, traduzo por 'produção de espectáculos', aquele
jovem foi para uma universidade inglesa fazer o tal curso. Actualmente tem uma empresa na área da "montagem de espectáculos" sediada em Inglaterra (no seu apartamento) e que trabalha no globo. Daí a sua mobilidade global, sempre acompanhado pelo seu palmtop Nokia e pelo portátil Apple, com ligação permanente à
world wide web. Sucede também que este
jovem é um daqueles militantes do Fórum Social Mundial e do movimento anti-globalização que, sempre que pode, lá vai atirar umas pedras à globalização. O que este
jovem não sabe é que atira umas pedras a si próprio, à sua actividade, ao seu estilo de vida, à época em que vive. A globalização não é o G8 mas uma época, com um regime económico e com estilos de vida respectivos, nos quais ele está inserido como poucos e, cada vez mais, como muitos. Mas isso ele ainda não percebeu.
2 comentários:
a maltosa do BE, por exemplo
Por favor, não sejamos demagogos. Há muitas críticas a fazer ao fórum social mundial (que, poupem-me!, não é propriedade do BE, é um bocado mais alargado), mas não me venham com esse tipo de argumentos sem fundamento. O FSM não é anti-gobalização, até porque é, assumidamente, um forum global, ou melhor, o mais global possivel, já que, infelizmente, exclui muita gente que jamais teria hipotese, ainda que quisesse, de participar. O problema da globalização é a forma e o modo com exlcui e não o ser global. O termo é enganador, porque parece abrangente, coisa que a globalização na forma neoliberal que vivemos, não é. Vamos discutir coisas sérias...
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