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O FUTEBOL COMO ESPELHO DO PAÍS
O que se está a passar no campeonato de futebol da Primeira Liga pode bem ser o espelho do país. Quantas vezes a questão não é a existência ou inexistência de mais ou menos recursos financeiros, mas sim o modo como esses recursos são geridos. Os grandes clubes, com um elevado volume de recursos financeiros e com contratos milionários com os seus jogadores e treinadores, fazem triste figura perante clubes com orçamentos incomparavelmente mais baixos. Além do volume financeiro importa avaliar a qualidade da gestão financeira e desportiva. Além das infraestruturas ideais, como estádios novos e ultra modernos, sofisticados centros de estágio e patrocínios principescos, importa o conteúdo, o sentido e a qualidade do trabalho e da gestão. Não estou com isto a dizer que os pequenos clubes a tenham, mas sim que os grandes, com as condições que a priori possuem, tinham obrigação de fazer muito melhor do que os seus rivais e não o estão a demonstrar. Má gestão e desperdício de recursos não existem apenas no Estado. Também são observáveis nas empresas e nos clubes de futebol e respectivas SAD's.
Morreu François Ascher
Há 15 anos
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