Pedro Santana Lopes e Manuel Maria Carrilho são duas figuras com muito em comum. Configuram o tipo de personalidade que não consegue aprender nunca nada com o que lhe acontece na vida, dado o seu auto-centramento. Há entre a personalidade narcísica e a realidade um desfasamento psicótico. Repare-se como as razões do que lhes sucede estão sempre nos outros e nunca em si próprios. A sua incapacidade para a autoanálise é absoluta porque eles são perfeitos, os outros e a realidade é que estão errados. Uma coisa são as percepções, outra é a realidade. As perspectivas dos outros são percepções da realidade, a visão deles é a própria realidade. Acresce que como o mundo está centrado neles, os outros não têm actividade que não seja orientada para eles. A ocupação dos outros não é senão urdir conspirações para os derrubar. Porque os outros não têm mais que fazer senão pensar neles, pois eles, como se sabe, são o centro do universo. São dois excelentes casos para estudo dos psicanalistas.
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