terça-feira, setembro 19, 2006

Apesar de tudo, o mundo muda, e até o PCP... (corrigido)

Também eu vi no último expresso - que voltei a comprar fingindo-me enganado pelo truque da oferta de dvd's - que Vitor Dias assina a sua coluna como "consultor". Imagine-se se há quinze anos seria possível o funcionário do partido, Vitor Dias, dizer-se consultor, um epíteto só passível de utilização por lacaios do capitalismo das multinacionais.

Correcção: Não é, de facto, no Expresso mas sim no Público que Vítor Dias escreve. Na realidade comprei e li os dois jornais no último sábado e, por lapso, confundi o Expresso com o Público. Vítor Dias deu-se ao trabalho de comentar, de forma muito cordial, este post. Pelo facto lhe apresento os meus cumprimentos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Compreendendo que ninguém pode ler ou acompanhar todos os blogs, permito-me informá-lo do conteúdo de dois parágrafos da minha resposta a Pedro Correia e publicada pelo corta-fitas em 17/9,que certamente o levarão a concluir que se precipitou quando julgou que «o funcionário do PCP» se tinha transformado em «consultor».
(...)
6. Registo ainda que Pedro Correia se juntou ao grupo de críticos dos meus artigos que parecem estar mais preocupados com a forma como sou identificado pelo «Público» do que com as ideias ou posições que defendo na coluna do «Público». Devem querer dar cabo do meu ego, ao insinuarem que, após 32 anos de intervenção pública em democracia, os leitores do «Público» não sabem - ou não intuem - que sou comunista e dirigente comunista.
7. Mas, neste âmbito, o que mais importa esclarecer é que o critério de identificação foi do «Público» que aliás não me convidou como «dirigente do PCP». Aliás, não houve nenhum especial «encobrimento» para a minha pessoa porque no «Público», por exemplo, o João Teixeira Lopes, ex-deputado e dirigente actual do Bloco de Esquerda, é identificado como sóciólogo. Mas o mais engraçado desta parte é que vamos todos ficar à espera que, na segunda-feira, o Pedro Correia, quando chegar ao seu jornal, vá a correr à direcção dizer que é indecente a Joana Amaral Dias ser identificada pelo DN como psicóloga e não como «dirigente do BE» ou «membro da Mesa Nacional do BE». O que julgo acontecer é que estes dois jornais resolveram identificar os seus colunistas pela sua actividade profissional exclusiva ou predominante, que no meu caso já não é a de funcionário do PCP. Quanto à curiosidade do Pedro Correia sobre o «consultor de quê?» , por razões de princípio, não sinto nenhum dever público de ter de explicar concretamente como ganho - honestamente - a vida."