segunda-feira, setembro 25, 2006

Interregno nas obras por razões de semântica (gozação)

Caetano Veloso acha uma maravilha que nós usemos (segundo ele diz) o verbo vir no contexto semântico em que eles (leia-se, os brasileiros) usam o verbo gozar. E vai daí, dedica-nos uma faixa do seu novo disco que reza assim:

Porquê?

estou me a vir
e tu como é que te tens por dentro?
porquê não te vens também?

Caetano Veloso, Álbum Cê, 2006


Talvez seja por isso que Caetano diz, também, que quando vem à Europa gosta de visitar vários países como Inglaterra e França, países organizados, de paisagem arrumada e, depois, finalizar sempre a viagem em Portugal.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Home

Tal como num site da net bem elaborado, há uma coisa na vida que é fundamental: a possibilidade de voltar sempre, e em qualquer momento, a casa.

Temporariamente fora de serviço - até breve

Confundir ovelhas com cabras não será grave, até porque é tudo gado caprino. Nada contra! Confundir o Publico com o Expresso também não será muito grave, até porque caminham do mesmo lado da estrada. Sim senhor! Mas confundir o dia Europeu sem Carros com o dia Internacional para a Paz, já é grave, confesso. Sobretudo porque a metáfora da guerra das estradas não me parece feliz. Será, pois, melhor encerrar temporariamente para obras.

Até breve

Abraços,

WR

quinta-feira, setembro 21, 2006

Mais vale prevenir

A avaliar pelo vendaval que vai pela cidade será melhor preparar-me para um.

Temporariamente fora de serviço: Dirija-se ao blog mais próximo

Quando se está com a cabeça demasiado ocupada para que tenha disponibilidade para além daquilo que a ocupa, melhor seria encerrar o blog para obras durante os próximos seis meses. Neste mesmo lugar esteve um post que não deveria ter sido escrito e foi, excepcionalmente, apagado. Devido a uma confusão com a data do Dia Europeu Sem Carros (de facto, dia 22 de Setembro e não dia 21), fazia uma acusação infundada. Pelo sucedido, apresento o meu pedido de desculpas aos leitores e sobretudo aos visados.

Até breve
WR

Á espera de Gordon

Os jornalistas aguardaram em vão pelo Gordon nos Açores. O que esperavam de um furacão com nome de gin senão que ziguezaguiasse?

quarta-feira, setembro 20, 2006

A bizarria da demolição do Coutinho

Já o disse em vários contextos e repito-o aqui: considero esta coisa da demolição de um edifício como o celebrizado Coutinho, em Viana do Castelo, uma bizarria de todo o tamanho. Se algum impacto negativo existe ele circunscreve-se ao impacto visual. Trata-se de uma questão meramente estética, da qual podemos discordar e até julgar como aberrante em termos arquitectónicos, patrimoniais, urbanísticos e paisagísticos. Porém, num país com a orla costeira repleta de construções selvagens, com as encostas cheias de habitação clandestina e os lençois de água cheios de fossas sépticas - essas sim, "obras" de profundas consequências negativas para a qualidade de vida e qualidade do meio ambiente -, faz algum sentido fazer daquele edifício um cavalo de batalha, tomar a sua demolição como prioridade urbanística e desperdiçar assim o erário público? Tem isto alguma racionalidade defensável mesmo sob o ponto de vista urbanístico, ambiental ou sequer arquitectónico?

Marketing agressivo no Prós e Contras

Terei interpretado mal as intervenções do ex-secretário-de-estado da educação no último Prós e Contras? A intervenção final, em particular, pareceu-me assaz enigmática. Das duas uma. Ou o homem é movido por alguma estranha compulsão para a auto-promoção da sua área de interesse profissional, ou fez-se pública e descaradamente ao convite para a tal "comissão independente" para a avaliação das medidas agora implementadas que defendeu, qual leitmotiv, ao longo de todo o programa.

terça-feira, setembro 19, 2006

A Festa e o terrorismo internacional

Andou por aí uma indignação face à presença de uma delegação de terroristas na festa do avante, entre outros promovida pelos companheiros canhoto e tugir. Sucede que as afinidades entre o terrorismo internacional e a Festa são antigas. No tempo em que também eu visitava a Festa, tal como agora ainda o faz o amigo CMC, certamente apreciando a natureza tribal do evento, estava representado na cidade internacional - penso que seja essa a designação - o camarada Kadafi, esse grande intelectual autor do célebre Livro Verde. Essa magnífica obra de profundo pensamento filosófico sobre o mundo era, de resto, gratuitamente distribuida aos portadores de EP's. O que há de comum entre o Kadafi de então e as FARC de hoje? O Imperialismo americano, o único mal do mundo que o PCP continua a combater mesmo depois de ter desaparecido o "sol na terra", o Imperialismo soviético. Kadafi, entretanto, reformou-se da sua intenção de liquidar o grande satã imperialista americano, mas deixou-nos para a história o seu legado: O Livro Verde é digno de atenta leitura, que recomendo, particularmente à camarada margarida que anda por aí de caixa de comentário em caixa de comentário a evangelizar infieis. Dedico-lhe em particular o capítulo em que o intelectual camarada Kadafi exprime a sua visão sobre a Mulher.

Apesar de tudo, o mundo muda, e até o PCP... (corrigido)

Também eu vi no último expresso - que voltei a comprar fingindo-me enganado pelo truque da oferta de dvd's - que Vitor Dias assina a sua coluna como "consultor". Imagine-se se há quinze anos seria possível o funcionário do partido, Vitor Dias, dizer-se consultor, um epíteto só passível de utilização por lacaios do capitalismo das multinacionais.

Correcção: Não é, de facto, no Expresso mas sim no Público que Vítor Dias escreve. Na realidade comprei e li os dois jornais no último sábado e, por lapso, confundi o Expresso com o Público. Vítor Dias deu-se ao trabalho de comentar, de forma muito cordial, este post. Pelo facto lhe apresento os meus cumprimentos.