terça-feira, agosto 16, 2005

Um post para o meu filho


Skimboard e Sum 41, In too deep: Fui apanhar uma onda. Até já...

Amostras representativas de jornalismo

Tenho uma explicação para a "recessão da blogosfera nacional" concluida pelo artigo do DN mencionado no Bloguítica. Como o universo de análise foi apenas o Weblog, essa "recessão" (lida a partir da redução do número de visitas da blogosfera) só se pode ficar a dever ao fim da emissão do Barnabé que, como sabemos, estava alojado no Weblog.

As culpas do eucalipto

Por que será que há um concelho na zona centro (precisamente), com 84% (!) do seu território coberto de eucaliptos (!!), onde não há um incêndio (de dimensão assinalável) há mais de dez anos?

Moda verão-outono

Defender na blogosfera a irresponsabilização do primeiro-ministro e a auto-gestão do país no mês de Agosto.

domingo, agosto 14, 2005

Memória

Depois do jogo de ontem no estádio de verão do país [Refiro-me àquele que só é utilizado no período em que, de férias, os portugueses desaguam todos no Algarve] - valeu-me ver, na RTP-Memória, um jogo em 1994 frente a um clube croata em que se jogou futebol.

Post-scriptum: na primeira metade do jogo no canto superior direito do ecrã surgia a referência: 1993, enquanto na segunda parte se lia 1994. Como não creio que o jogo tenha ocorrido em plena Passagem de Ano, vou deduzir que se tratou de lapso corrigido telefonicamente por alguns espectadores de memória mais fidedigna do que os arquivos da televisão pública.

Post com destinatário

O seguidismo partidário é irmão gémeo do independentismo fanático, de tipo religioso. Um e outro não conseguem entender que o aplauso e a crítica podem dirigir-se ao mesmo governo e dependem ambos das decisões e das medidas concretas daquele. Não da cor partidária que as toma. Muito menos de qualquer apriorismo de preconceito. Esta é a verdadeira livre e independente opinião. E como já aqui escrevi isto algumas vezes, esta foi a última, porque quem não quer entender é porque não pode entender.

sábado, agosto 13, 2005

O descrédito final

"O assalto partidário á CGD veio dar razão à opinião comum de que «são todos iguais», na acepção popularmente mais depreciativa da frase. José Sócrates perdeu, com esse gesto, a marca de distinção que quis outorgar-se enquanto primeiro-ministro. E lançou pela janela grande parte do capital de confiança que muitos eleitores - não socialistas, mas que, à falta de alternativas credíveis, lhe deram o crédito do seu voto em 20 de Fevereiro - ainda nele depositavam.

Além do mais, esta decisão - com a inopinada ascensão de Armando Vara a administrador da CGD - tem a marca indelével do primeiro-ministro. Não foi, pois, uma decisão tomada à sua revelia. Antes pelo contrário."


José António Lima, Expresso.

Aeroporto Internacional de Lisboa

O que deve estar em discussão sobre o Aeroporto Internacional de Lisboa não é saber se os lisboetas deixam de ter um aeroporto localizado no centro da metrópole ou se continuam a usufruir desse "privilégio". Esta parece-me uma discussão que apenas julgo digna de registos do tipo "eu só quero ver lisboa a arder..." e quejandos. Porventura próprias das tribos da bola mas não das discussões sérias sobre o desenvolvimento do país e as respectivas opções de estratégia. O que deve estar em questão é saber-se:

a) Se no contexto socioeconómico actual, a construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa é uma prioridade.
b) Se a sua construção foi precedida de estudos económico-financeiros de viabilidade e de impactos no desenvolvimento do país, que aconselham a sua construção.
c) Se a sua localização foi precedida de estudos de impacto ambiental que não desaconselham a sua construção.
d) Se não existem obscuros interesses económico-financeiros privados na base da opção pela construção, de imediato, do referido aeroporto na localização escolhida.
e) Se não existem obscuros interesses imobiliários no fim imediato do aeroporto da Portela, tendo em conta o valor fundiário dos respectivos terrenos. Negócio que pode ser chorudo para a promoção imobiliária da Alta de Lisboa (como tem sido bem observado em vários blogs, como o Bloguítica e o Blasfémias), porque a aquisição de terrenos ao Estado é sempre um bom negócio para os privados e porventura chorudo também para as receitas extraordinárias do Estado (tapando-se, uma vez mais, o sol com a peneira, na resolução do problema do défice estrutural das finanças públicas nacionais).

Estratégia

Num jogo de xadrez nunca se começa por sacrificar um bispo ou a rainha mas sim um ou outro peão. Não foi um bom sinal de Sócrates a atitude de colocar António Costa no fogo mediático e político dos incêndios.

Diálogos imaginários

- Ó Costa, vê lá se é preciso eu ir aí enfrentar essa chatice dos incêndios. Eu estou aqui maravilhosamente a gozar um excelente mês de férias depois de quatro árduos meses de trabalho [coisa que como sabes não podemos permitir aos agentes da Administração Pública] e não me apetecia nada ir aí enfrentar os media e o povo. Mas vê lá, se for mesmo, mas mesmo, preciso eu vou. Ou tu dás-me conta desse recado?

- Não. Não te incomodes. Deixa-te estar que eu estou cá para isso mesmo. Goza lá as tuas merecidinhas férias que eu digo que tu insististe comigo que vinhas e eu é que disse que não era assim tão grave [o país a arder, aldeias cercadas pelo fogo].

quinta-feira, agosto 11, 2005

11 de Agosto de 1981


Stanley Kubrick, 2001 - A Space Odissey

Admirem-nos portanto

Lugares de encanto que são também excelentes fotografias. Estão a ser revelados diariamente aqui e merecem admiração.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Cromos

O Fórum Comunitário Junior agradeceu e solicitou retribuição:

terça-feira, agosto 09, 2005

Transparência

Como pode haver em Portugal uma cultura de avaliação (referida no post abaixo), se somos assim transparentes?

segunda-feira, agosto 08, 2005

Onde é que eu já ouvi isto?

"Temos de introduzir na sociedade portuguesa uma cultura de avaliação e de acção integrada". Acabou de dizer o presidente da Associação Nacional de Bombeiros na SIC-N, a propósito do flagelo dos incêndios.

Mas esse é o problema geral da sociedade portuguesa, sendo os incêndios apenas um sector em que aquele défice cultural produz, de forma dramaticamente visível, os seus efeitos!

sexta-feira, agosto 05, 2005

Um post para a minha filha


Avril Lavigne, Knockin' On Heaven's Door

quinta-feira, agosto 04, 2005

Alto e em bom Lisboetês

Podia ó faxavor colocar em linha ochetudos sobre o éroporto da OTA pra que na seciadade perteguesa se valorize mais a "busca dachuluções" em detrimento da "especulação"?»

Adapatado do Abrupto.

Serviços mínimos

Nos serviços da administração pública como nas empresas, em Agosto fica sempre alguém a garantir os serviços mínimos. Em Agosto, tal como nas greves, é preciso garantir os serviços mínimos. No governo, não. No governo não ficou ninguém para garantir os serviços mínimos.

Agosto

É o mês em que o país fecha. Não para obras. Não para férias. Fecha apenas para poder arder à vontade. Poder colocar o Armando Vara na Administração da CGD. Poder fazer silêncio sobre a OTA e a Portela. Poder não ouvir o desespero com a seca. Poder deixar Sampaio, Soares e Cavaco entretidos a brincar às presidenciais.

Não há fogo sem cheiro a fumo

Neste momento, no local onde estou cheira imenso a fumo. Isso quer dizer que por perto há fogo? Não. Quer dizer que o país está a arder.

O direito à diferença

Enquanto o BES vai a todas, todos vão para a CGD.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Defining pronunciation question

Vital Moreira tem dedicado particular atenção ao que designou "lisboetês". Um tema que julgo cultural, política e sociologicamente interessante, e por isso dei já o meu pequeno contributo para a discussão. Reproduzo agora, adiante, um extracto do tratamento da questão da diversidade de pronunciação da língua, no caso inglês. De facto, esta discussão não deveria ser confundida com qualquer laivo de regionalismo anti versus pró lisboeta, em particular. Por se tratar de uma questão que não é exclusiva da língua portuguesa e do "lisboetês", reproduzo a definição do que os ingleses chamam Received Pronunciation e Estuary English. Interesting... no?

"The usual speech of educated people living in London and southeastern England" according to Encyclopedia Britannica. The accent that was sought after by many people in England who wanted to lose a regional accent that marked them as low-class or provincial; schools and universities often served as places for people to learn this accent. You hear a lot of this accent if you watch British-made television, although comedy shows seem most likely to use other accents.
(...)
Daniel Jones described the phonetics of this accent when sound recording, broadcasting, and the science of phonetics itself were all new, particularly in his English Pronouncing Dictionary of 1917. RP, as it's widely known, became the first English accent to be comprehensively recorded and studied. It is traditionally the standard accent taught to foreigners. It is still a staple of linguistics textbooks, and it is still taught, though like all accents it has changed over the years, and the RP now spoken by some younger people is sometimes called things like neo-RP, Regional RP, or Advanced RP.
(...)
In recent years a new accent has spread, a modified RP combined with features of local London English. This intermediate accent, called Estuary English (1), is spreading across England, and some aspects have been reported in Scottish cities. Almost inevitably, RP will cease to be the standard accent, and Estuary (also known to linguists as EE) will take its place."

(1) The common pronunciation of English by the younger generation in England, originating in London and the Thames Estuary but spreading widely. The name was defined by the a language teacher David Rosewarne in 1984 and it was further studied in a book by the linguist Paul Coggle in 1993. It is characterised by among other things:

-glottal stops for T at the ends of words (as in but) and between vowels (butter)
-the use of chu and ju even when stressed as in Tuesday and reduce
-rounded R
-final Y as in city having the vowel of tea not tit

It´s strictly business


Legenda conselho: Para ver o assunto mais nítido afaste-se o mais que puder.

terça-feira, agosto 02, 2005

Serão sobreiros?

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Legenda: Referência a este site encontrada aqui.

Simetrias

Via Bomba Inteligente encontrei este quiz de verão. O resultado é curioso. Tanto mais curioso quando comparado com o resultado obtido pela Charlotte (uma menina...)



Your Brain is 53.33% Female, 46.67% Male


Your brain is a healthy mix of male and female
You are both sensitive and savvy
Rational and reasonable, you tend to keep level headed
But you also tend to wear your heart on your sleeve

Jaquinzinhos no fim da linha

Um blog da linha diz ter chegado ao fim. Da linha. E eu que não pescava à linha muito frequentemente naquelas águas achei delicioso o post do fim da linha.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Coisas imprevisíveis

A recolha biográfica ou histórica que Mário Crespo lê para assinalar o dia em que apresenta o Jornal da Noite na SIC-N, na sequência da meteorologia e enquanto passam as imagens desinteressantes do estado previsível do tempo. Hoje, por exemplo, assinalou o nascimento a 1 de Agosto de 1819 de Herman Melville, autor do célebre Moby-Dick.

A ota e a perdigota

Atendendo ao que se vai lendo por essa blogosfera fora, eu, no lugar do governo, viria o mais rapidamente possível esclarecer tudo sobre a OTA. Ao invés deste silêncio ensurdecedor. Isto, partindo do princípio que não há mistério e que o que está em questão é passível de explicação. De outro modo o mistério adensa-se, o que faz subentender que a ota bate com a perdigota.

Bem observado

De facto, a passagem de Jorge Sampaio pela presidência já de si ficará para a história deixando apenas uma ténue linha de memória. Se porventura se desse o caso de ficar "entalada" no meio das presidências de Mário Soares, quase nenhum compêndio de história no futuro lhe dedicaria mais do que meia linha. Faz, por isso, todo o sentido a observação do Bloguítica.