Não vi a entrevista do PM a Maria João Avilez na SIC-N, mas olhei para lá quatro vezes. Da primeira vez dizia MJA: "Agora vamos falar da segurança social". Da segunda vez o PM estava a "ensaboar" completamente a entrevistadora com o domínio da matéria e a supremacia e fundamento teórico e empírico das suas teses, enquanto MJA dizia: "Desculpe mas temos de mudar de tema, agora não vamos encalhar aqui na segurança social". Da terceira vez, MJA desafiava: "Agora vamos à educação, quero ouvi-lo sobre a educação...". Da quarta vez estava o PM a deitar por terra todos os argumentos contra a sua política no sector e a evidenciar as suas mais que justas ideias e medidas na matéria e MJA a dizer: "Temos que sair da educação, agora não vamos ficar aqui o tempo todo a falar só da educação". Se a amostragem é representativa, não se tratou propriamente de uma entrevista mas sim de um conjunto de perguntas com possibilidade de resposta limitada. O único trunfo de uma má entrevista (
concordo com o LNT), parece ser a possibilidade de mandar calar o entrevistado.