terça-feira, dezembro 14, 2004

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SE ATÉ ESTE O DIZ...

Segundo leio no País Relativo, Luís Delgado terá dito a propósito da decisão de PSL e PP: "Eles hoje selaram a derrota". Se até Luís Delgado o diz, pronto, está dito. Já perderam.

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CONTRA O GRANDE CAPITAL MARCHAR MARCHAR

Cuidado com os interesses da alta finança e do mundo dos negócios, são uns perigosos esquerdistas que andaram a influenciar o Presidente de República para demitir o governo e convocar eleições. Por isso, portugueses, contra os interesses do grande capital votem PSL-PP (BR) [Brigadas Revolucionárias]

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TELENOVELA MEXICANA

A telenovela do casamento de PSL e PP baralhou completamente as entradas em vários blogs. Primeiro comentaram a coligação, depois a separação, depois a coligação de novo. Imagino que os nossos bloggers às tantas estivessem zonzos com tanto zig-zag. Hoje Sócrates disse que o namoro não deu em casamento mas em união de facto. Eu creio que não tem razão. Importa não esquecer que já havia casamento e filho (o XVI governo constitucional). Creio, pois, que o MC do País Relativo tem razão ao concluir estarmos em presença de um grave caso de "desestruturação familiar". Portanto, trata-se de um divórcio. De um divórcio não. De uma separação com comunhão de bens e sem tutela do poder paternal (abandono do filho). Confusos? É natural, até o Luís Delgado desta vez não percebe a coligação governamental. A coisa é mesmo confusa. Em parte desestruturada sim. Daí a confusão. Mas trata-se, sobretudo, de um abandono familiar. Um caso para ser apreciado pela Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. O acordo reza assim: Vamos manter as aparências de casamento, mas fingimos que nos separámos e ao mesmo tempo preservamos a comunhão de bens (o poder, esse bem que tanto estimamos). Quanto ao filho da coligação (a experiência governativa que tivemos e as suas consequências) não tem pai nem mãe. O Presidente da República que se responsabilize por ele. Afinal, a culpa desta crise matrimonial é dele ! Nós não temos nada a ver com a crise.

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