quinta-feira, maio 11, 2006
Pseudo incentivo à natalidade
Actualmente a média de filhos por mulher em idade fértil é de 1,5. A maioria dos casais tem, portanto, um filho. Seguem-se os que não têm nenhum e os que têm dois filhos. Os primeiros e os segundos vão passar a contribuir mais. Os terceiros vão ficar na mesma. Ainda que estejam acima da média na procriação, para quem cogitou a medida dois filhos por casal não aquece nem arrefece. Só uma percentagem residual, portanto, vai passar a contribuir menos: são os que têm três ou mais filhos. Duas consequências: a) O que o Estado vai arrecadar mais em receitas é incomparavelmente superior ao que vai ter como despesas de pseudo incentivo à natalidade, logo, a medida é uma forma disfarçada de crescimento de receitas quando já não se pode aumentar mais essas receitas pela via dos impostos. b) Entre a minoria dos que têm mais de dois filhos, uma parte muito razoável pertence aos sectores socio-economicamente privilegiados. São, portanto, também, as famílias das classes médias-altas que tendo frequentemente mais de dois filhos saem beneficiadas da medida.
erro grosseiro ó sociólogo "Entre a minoria dos que têm mais de dois filhos, uma parte muito razoável pertence aos sectores socio-economicamente privilegiados" deves fazer estas análises apenas pelo grupo parlamentar do PP, não ?
ResponderEliminarReal
Caro troll das caixas de comentários :)
ResponderEliminarAinda me hás-de explicar como é que um militante e autarca socialista e se não sociólogo pelo menos licenciado em sociologia, adjectiva uns de "os chuchas" e outros de "sociólogos"...
Mas adiante que cada um lá saberá da multiplicação da sua personalidade...
Aguardo o envio dos dados que terás em tua posse para afirmares que cometi um "erro grosseiro". No momento presente, e estatisticamente falando, apenas têm um número elevado de filhos (3,4,5 e mais), as famílias de contextos sociais de exclusão, ou dos meios sociais privilegiados (classes altas).
Agradeço comprovação estatística em como não é assim e "darei a mão à palmatória", assumindo o erro.
Abraço,
WR
Caro wr
ResponderEliminarCaiu no mesmo erro que eu.
Meteu comentários a dizer coisas obvias no canhoto.
Obvias e que toda a gente entende menos os militantes socialistas pseudo iluminados.
Isso vai-lhe custar logo mensagens da do estilo da primeira.
Olhe ... habitue-se.
E para que conste, não sendo eu sociologo, mas com algum bom senso percebo imediatamente o seu raciocinio. É um imposto oculto por um lado, e por outro beneficia apenas quem tem poder económico para ter mais que dois flhos.
Uma minoria de pessoas, portanto.
Mas o que foi você fazer ao escrever no canhoto a contestar?
Agora é chamdo de burro e mais "x" coisas só porque não consegue vislumbrar a magnificiencia do pensamento da pseudo esquerda que temos.
Caro Pedro Silva,
ResponderEliminarEngano o seu. As picardias entre mim e o Real são antigas na blogosfera. Ele é um humorista, anónimo mas com grande futuro na arte do sit-down comedy...
Então é uma relação amor-ódio humoristica anónima?
ResponderEliminarBolas... o que você foi arranjar para se entreter...
E que tal mostrar as estatísticas que apoiam a sua afirmação, WR?
ResponderEliminarvocê tem toda a razão Pedro Silva, suchas e sociólogos é uma combinação explosiva é horrível, não deve haver nada pior, talvez pior só sportinguistas e do bloco de esquerda. Todos sabem que as letras das canções do marco paulo são escritas por sociólogos, assim como são os sociólgos que dizem que as classes abastadas é que têm mais filhos. É evidente que isso necessita de demonstração, o WR acrescentou-lhe agora as familias de contextos socias de exclusão. Já é um avanço, mas não é tudo e se acrescenta essas então a sua teoria sobre o beneficio das classes abastadas já foi pró galheiro. O que há é uma classe média alta que tem bons rendimentos, paga poucos impostos, utiliza todos os serviços públicos gratuitos e estão-se a borrifar para se dar ao trabalho de ter filhos.
ResponderEliminarSem estatisticas e sem modelos teóricos os sociólogos são uns nabos ;) deus nos livre da sua engenharia social.
Real
Acabei de passar pelo centro de saúde do meu bairro e estava cheio de gente das classes médias altas. Quando vou ao hospital de S. José é a mesma coisa. Na escola pública do meu bairro também é só miudos das classes médias-altas. Isto para não falar do passe social, quando apanham o 17 para as galinheiras. É só classe média alta a usufruir dos serviços públicos gratuitos ou subsidiados...
ResponderEliminar(***)
Não acrescentei agora os meios sociais de exclusão. Já lá estavam implicitamente. Leia-se com atenção. A questão essencial é que as grandes famílias são quase residuais. Mais ainda em Portugal do que em muitos outros países da UE a 25. As poucas que existem (3%)situam-se, ou em situações de exclusão social (menos frequente do que se pensa) ou em famílias ricas, com capacidade para ter mais de dois e três filhos. Em primeiro lugar a lei pretende, sobretudo, introduzir captação de receitas disfarçada de incentivo à natalidade. Em segundo lugar ao beneficiar as famílias grandes vai beneficiar,também, e talvez, sobretudo, aqueles que não precisam de benefícios do Estado. Aqueles que "vi" hoje no centro de saúde da minha zona.
fala-se em modelos teóricos e ele vem logo com o empirismo de vão de escada, eu também observo os centros de saúde, diz, ufano. concordo com tudo o que dizes, caro prof, exceptuando-se essa coisa das familias abastadas que é claramente residual e sem relevancia para a discussão. E não escarneças do usufruto do estado pelas classes médias-altas, ó pensas que quem frequenta as faculdades de medicina sem pagar quase nada de propinas e não paga impostos são os ventrudos que enchem as bichas do centro de saúde e tomam o 17 para as galinheiras ?
ResponderEliminarReal
Fala-se em empiria e ele vai logo buscar o único caso que encontra. E por que razões vão os filhos das classes medias altas para as faculdades do Estado (em particular no que toca à medicina)? A esta questão responde-se com outra. Quantas faculdades privadas de medicina há no país? Pois é, não há. O epifenómeno das Universidades privadas em Portugal nunca foi uma coisa séria, de modo a acarretar investimentos que uma faculdade de medicina exige. Ficou-se, salvo honrosas excepções pelos cursos de lápis e papel. O elitismo dos médicos faz-se dentro do Estado. Aí sim, excepcionalmente tens razão, mas porque é necessário controlar o mercado e isso faz-se dentro do Estado, num país onde a medicina privada tem um mercado muito restrito.
ResponderEliminarO Real inseriu um comentário que não pode ser publicado porque revela dados detalhados da vida privada de um cidadão que, ao que parece, ludibria o Estado e ao qual o Real compra ração para os cães e liga o sistema de rega. Ainda assim, sempre digo que o Real, ao contrário do que supõe não destruiu argumento nenhum por mim sustentado. Não podemos confundir o Género Humano com o Zé Germano. Ou seja, todos nós conhecemos um caso (ou até dezenas de casos), isso não confere legitimidade científica a qualquer argumento, como o Real bem sabe.
ResponderEliminarPS. Sim, tenho a certeza que é o 17 que vai para as galinheiras.
eh eh eh eh eh, ganda lata !!! e depois dizem que eu é que sou político, safa!
ResponderEliminarReal